O Filho da Minha Madrasta

capítulo 43

Entrei na cozinha e vi Sebastian comendo na mesa com meu pai e Jenna. Os pombinhas estavam conversando e Sebastian parecia um pouco perdido, apenas ouvindo.

•Allison: Bom dia. - sentei na mesa no lugar vago do lado de Sebastian. A mesa tinha pão, ovo mexido, bacon, fruta e suco de laranja, fui colocando comida no prato.

•Caleb: Bom dia amor. - ele disse e sorriu.

•Jenna: Bom dia querida, já tem planos para hoje? - ela disse sorrindo.

•Allison: Samantha me chamou para ir no shopping com ela, eu disse que sim porque não lembro de termos algo marcado.

•Caleb: Não temos Ally, claro que você pode ir. - Sebastian não olhou para mim e não disse nada, pegou no seu celular e respondeu a algumas mensagens. Talvez eu tivesse apenas sonhado e ele não tivesse dormido comigo. Talvez eu tivesse dito algo quando estava bebeda que o tenha machucado. Talvez nosso beijo nas corridas ontem não tenha significado nada. Muitos "talvez".

•Jenna: Você vai sair filho? - Jenna perguntou porque Sebastian estava respondendo mensagens e rindo.

•Sebastian: Sim, vou levar Amelie para andar de mota e vamos com os garotos. - vai levar Amelie? Para andar de mota? Legal, muito legal mesmo.

•Jenna: Que ótimo, eu gosto de Amelie. - ela fez uma breve pausa e riu, depois olhou para ele com um olhar duvidoso - Espero que seja apenas andar de mota e que ela não queira andar em você. - ela passou a mão no braço de Sebastian e não pude deixar de engasgar um pouco por rir com o seu comentário.

•Sebastian: Mãe por amor de deus, olha o que você está dizendo. - ele disse e colocou a mão no rosto tentando esconder vergonha, eu acho.

•Jenna: Ally riu, ela sabe do que eu estou falando. - Jenna olhou para mim procurando uma confirmação da minha parte.

•Allison: Acredite que nessa mota Amelie já andou muitas vezes. - apontei para Sebastian e ri, Jenna também riu. Não estava preocupada se deveria dizer isso ou não.

Gostei que Jenna me chamou Ally, e gostei que parecemos encontrar o início de uma conexão.

Sebastian não falou nada e continuou tomando seu café da manhã mexendo no celular. Nossos pais ficaram conversando sobre várias coisas e eu estava distraída também mexendo no celular. De alguma forma parecíamos estar evitando um ao outro.

Nossos pais acabaram de tomar o café e disseram que iam ficar por casa para aproveitar que estaríamos os dois fora. Disseram aos empregados que poderiam tirar o dia e ficavam com a casa livre.

Eles levantaram e subiram para o andar de cima, fiquei apenas eu e Sebastian ainda na mesa do café da manhã. Ele levantou para tirar seu prato da mesa e não disse nada. Ele ainda não tinha dirigido sua palavra para mim e eu estava um pouco confusa.

•Allison: Está fazendo um voto de silêncio? - perguntei finalmente não aguentando tanto silêncio.

•Sebastian: Não tenho nada para falar. - eu levantei também para tirar meu prato da mesa. Cheguei perto da máquina de lavar e ele saiu de perto da máquina de lavar, se eu não achasse que estava ficando doida diria que está fugindo de mim.

•Allison: Talvez poderíamos começar com o que aconteceu ontem... - disse me referindo a várias coisas.

•Sebastian: A noite de ontem é para esquecer, não devia ter acontecido nada, foi tudo um erro, eu e você não podemos nem vamos ter algo, eu não gosto de você desse jeito e somos meios irmãos. - puta que pariu. Um tiro doía menos nesse momento.

Não estava esperando ouvir todas essas coisas saírem da sua boca umas saídas atrás das outras e confesso que me machucou mais do que eu esperava.

Ele não podia me afetar, ele era um filho da puta, um babaca e de certeza que não era melhor do que Gabriel é. Sinto que minha expressão mudou de um segundo para o outro é acabei ficando com a cara fechada, olhares vingativos e coração frio.

Não sabia o que dizer. Ele conseguiu me deixar literalmente sem palavras e isso era algo que não me acontecia com muita frequência. Eu sempre tinha resposta para tudo, menos agora.

Decidi fazer o que ele estava fazendo antes, um retiro de silêncio. Olhei no fundo dos seus olhos porque sabia que não iria querer olhar para eles tão cedo novamente. Peguei meu celular e subi para o andar de cima não dizendo nada.