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A mulher puchava o ar com desespero até os pulmões, enquanto corria com o bebê no colo. Não podia se transformar, pois não haveria como segurar sua criança.Passando por becos e ruelas, Suzana corria pelo bairro suburbano de Atlanta. A cada cinco passos olhava para trás em busca de inimigos, ou de Sebastiam, era quem mais almejava ver.
Ele havia ficado para trás, para despistar o grupo de vampiros que estavam atrás da pequena família.
Seu bebê começou a chorar, não estava gostando nenhum pouco de ser sacudida daquela forma.
- Calma meu amor...nós já estamos chegando.
Suzana tinha conhecidos que moravam na redondeza, e esperava conseguir ajuda. Nunca havia levantado a hipótese de que o antigo clã de seus marido iria se rebelar contra eles. Sabia que estavam com medo dos Volturi, mas caça-los daquele modo era um exagero aos olhos da mulher.
Se ter um imprinting por um vampiro já quebrava estereótipos grandíssimos, se apaixonar por um, foi uma surpresa até mesmo para ela. Apesar de sua matilha sempre estar à seu lado, quando revelou a existência de um fruto dos dois em seu ventre, foi expulsa do grupo que antes pensava ser sua família.
O que aconteceu com Sebastiam não foi diferente, porém seu clã queria cortar o mal pela raiz, e se fosse do agrado deles Suzana e Sebastiam nunca teriam se relacionado.Já os lobos ordenaram que se afastassem nunca mais aparecesse, quando foi expulsa se sentiu traida das mais diversas formas, agora correndo pelos becos escuros sabia que era mil vezes melhor do que um bando de vampiros os perseguindo a quase três meses.
- Calma Hallie....- o choro da criança se tornava ainda mais alto.
Isso havia atraído atenção demais. Suzana estava agora frente a frente com dois vampiros. Um possuía cabelos brancos e outro era um baixinho de nariz grande. Ambos sorriam sombrios para ela.
- Vamos lá querida, vai ser rápido, não dificulte para a gente...- O mais baixo disse.
- Vai a merda! - A mulher xingou se perguntando onde estaria Sebastiam.
No momento seguinte estava sendo atacadas pelos dois de uma vez. Usando sua força conseguiu arremessar o loiro metros longe, porém enquanto se concentrava em um, o outro a agarrava pelos cabelos e jogava contra um poste a esquerda.
O barulho de suas costas se chocando contra o cimento fez o vampiro baixo rir. Suzana sentia uma dor enorme se espalhando por seu corpo, ela ainda segurando a filha com firmeza, acariciou a bochecha da pequena que chorava, e em seguida, colocou a criança que estava embrulhada em um cobertor no chão.
A mulher libertou toda a raiva que sentia e se transformou, apoiando a quatro patas com firmeza no chão, se tornando o escudo de seu bebê. Não permitiria que nada passasse por ela.
O primeiro a atacar foi o loiro, que recebeu um belo arranhão em seu peito e mais uma vez foi de encontro a parede derrubando alguns ladrilhos após sua batida.
Suzana foi atacada pelo segundo, os dois não passavam de borrões enquanto lutavam. E por mais covardes que fossem, agora atacando os dois de uma fez, Suzana não permitiu a aproximação de nenhum até o bebê que chorava atrás de sí.
Em um movimento estratégico, os dentes da grande loba se fincaram no pescoço do vampiro moreno, a carne se partindo fez um barulho ensurdecedor. O outro vendo seu amigo morrer, tomou vantagem da situação e envolveu a grande massa de pelos em seus braços, a apertando até que todos seus ossos estivessem destruídos.
A loba uivou em dor, caindo para o lado assim que foi solta dos braços de seu agressor. Suzana agora estava em sua forma humana, nua e suada, com a dor insuportável quase a matando.
- Sabe...- disse o vampiro contente enquanto se ajoelhava a seu lado - Sempre quis saber o gosto do sangue de vocês.
Assim que os dentes foram cravados no ombro da mulher ela gritou, e tentou empurrá-lo, porém já não possuía forças.
Mas foi aí que o homem foi arrancado de cima dela. Ela viu em meio as lágrimas a cabeça dele ser arrancada do corpo. E logo atrás estava ele, seu amado.
Sebastiam estava em choque, não conseguia saber o que fazer olhando sua mulher naquele estado, e sua filha chorando mais atrás.
- Suzana...- ele se abaixou e a pegou no colo.
- Você tem que ir! - mesmo com a voz falha ela consegui dizer - Tire a Hallie daqui, por favor.
Se Sebastiam pudesse chorar, estaria banhado em lágrimas agora. Ele precionava o ferimento do pescoço dela como se pudesse estancar o sangue. Ele a estava perdendo e não tinha o que fazer.
- Você não pode morrer...- ele disse com a voz embargada - Nós precisamos de você!
- Leve-a! - ordenou ela novamente.
Puchou o homem pelo colarinho e beijou-lhe os lábios, para em seguida aproxima-los de seu ouvido.
- Os Bennett nunca esquecem...
Em um sussurro sua voz se foi, levando junto seu último batimento de vida.
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𝐇𝐢𝐫𝐚𝐞𝐭𝐡 - 𝑷𝒂𝒖𝒍 𝑳𝒂𝒉𝒐𝒕𝒆
FanfictionEm frente a uma nova realidade após a partida de seu pai, Hallie se vê rodeada de desconhecidos, e é obrigada a batalhar pela segurança das pessoas de Forks, ameaçadas por uma horda de recém-criados inciados pela relação de um vampiro e uma humana. ...