Tame me

II-LAST2

KHADIJA 𝐀𝐮𝐠𝐮𝐬𝐭 𝟏9, 𝟐𝟎𝟏𝟔

7 anos atrás~~

Depois que eu me virei de costas para o Ethan que estava no telefone e sai de perto,eu não o vi novamente pelo o resto da noite.Depois deste acontecimento,eu ainda fiquei algumas horas e tinha conseguido lucrar bastante.

Após procrastinar, faço minhas necessidades básicas e me arrumo para a escola, logo em seguida, vou para a cozinha tomar café.

—Bom dia, mãe!—Digo já avistando ela tomando café na mesa.

—Bom dia, querida.—Ela para de ler o livro que estava em suas mãos e me observa com um sorriso enorme.

Ponho um pouco de café em minha xícara e pego o pão doce que estava embrulhado em cima do balcão e me sento na mesa para fazer companhia para minha mãe.

—Como foi ontem? Eu não te vi chegar.—Ela pergunta olhando por cima do livro.

—Foi bom,nós lanchamos.—Digo rápido.—Perdão por demorar anne...—Digo por fim.

Eu não gosto de ficar mentindo para mamãe mas como eu iria dizer para ela que eu estava em um lugar ilegal que tem pessoas duvidosas e vendendo produtos ilegais?

—Tenha cuidado na rua,é perigoso Dija.—Ela diz voltando a ler seu livro.

Eu termino de comer,escovo os dentes e pego minha mochila para ir para a escola.

—Tchau tchau anne...—Dou um beijo na sua testa e vou para a saída de casa.

—Tchau querida,cuidado na rua.—Ela diz para mim,antes que eu saia.

Já nos corredores da escola,vejo todos murmurando entre si,por mais que eu fique incomodada com os olhares sobre mim,eu continuo andando em direção ao pátio,até que a Alana vem correndo em minha direção.

—S-sabe o que aconteceu?—Ela diz ofegante e um pouco assustada.—Estão falando sobre você pela escola inteira, Dija.—Ela já diz antes mesmo que eu diga uma resposta.

—E sabe quem foi?—Pergunto perplexa,logo fecho minhas mãos em punhos e nem preciso de uma resposta para saber que foi a Amber.

—Não sei,a menina do terceiro estava comentando no banheiro e eu escutei.—Diz minha amiga pensativa e eu suspiro estressada.

—Já imagino quem seja.—Reviro os olhos ao pensar em Amber.

—Amber?—Pergunta Alana, já com a respiração controlada.

—Ela mesma,só pode ser ela—Eu digo estressada.

—Eu vi ela na quadra,vamos ver se foi ela.—Ela se vira e vai em direção a quadra.

Percebi as madeixas ruivas de Amber e, com ela, estavam suas outras três amigas sentadas na arquibancada.

—O que vocês querem?—Amber e suas amigas nos olha com cara de nojo.

—Andam falando de mim pela escola,tenho certeza que foi você.—Digo, já com as mãos cerradas.

—Foi eu sim!—Ela solta um riso debochado.—Eu disse a verdade, que você não tem pai e esse babaca, sumiu por ter visto essa sua cara —Ela se levanta,ficando mais perto do meu rosto e pega no meu queixo—Sua mãe é idiota por não ter tomado um remédio para te perder.—Ela se afasta debochadamente e limpa suas mãos na minha roupa. Eu não me contenho,fecho minhas mãos em punhos e dou um soco em sua boca.

—Caralho!!—Ela geme de dor,enquanto tampa sua boca,agora ensanguentada. Eu olho em volta e vejo todos olhando em choque na minha direção,eu me viro e vou correndo para o banheiro.

—Todos ODEIA sua existência KHADIJA!—Ela grita,antes que eu volte para o corredor em caminho do banheiro.

[...]

—Suspensão Khadija?—Pergunta minha mãe furiosamente.—Estou decepcionada.—Ela diz por fim.

Depois que eu corri para o banheiro e fiquei chorando,a Alana ficou comigo até eu me acalmar mas a diretora me procurou no final da aula.

—F-foi o impulso mã..—digo entre soluços mas minha mãe me interrompe.

—Voce não é assim Dija.—Ela se aproxima de mim,colocando seu par de mãos na minha bochecha.

—Ela falou do papa e da senhora.—Eu digo e vejo minha mãe ficar tensa.

—Filha,seu...pai?—Ela diz com dificuldade.—Não merece que você o defenda.—Ela diz se sentando na cadeira em minha frente.

—Mas ele é meu pai,anne...—Digo triste.

—Querida, você é fruto de um estrupo.-Ela respira fundo e vejo uma lágrima saindo dos seus olhos.— Quando eu descobri que estava grávida de você, decidi fugir da Turca.—Diz ela em meio a lágrimas.

—Quê? Como assim?—Digo perplexa,parece que um caminho me atropelou,o mundo de Khadija Al Abadi tinha acabado de desmorar. Toda a ideologia, que eu tinha do meu genitor,era uma mentira.

—Uma mulher grávida que não tem um marido, é tratada mal no nosso país.-Ela diz por fim.

Eu fico aérea, não é todo dia que se descobre que seu pai é um monstro e que sua mãe sofreu tanto por sua causa. Coloco minha mão nas minhas bochechas para tirar as lágrimas que teimavam em escorrer pelo meu rosto.

— Filha, eu a amo e sempre amei.—Você é a melhor coisa que me aconteceu e não tem culpa do que aquele canalha fez.-Ela diz secando as lágrimas saiam dos meus olhos,eu a abraço forte.

—Eu te amo Anne.—Digo ainda em seus braços.—Desculpa!—digo entre soluços,minha mãe passa o dedo indicador nas minhas bochecha para enxugar as lágrimas teimosa que desciam.

—Nao chore, filha! Vamos querida,tocarei harpa para você.—ela diz com um sorriso carinhoso mas dava para ver seu semblante triste.
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Anne=mãe
Papa=pai