7 capítulo

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  Ficamos em silêncio , sentados na sala. Até Davina se levantar e sair da sala. Não falamos nada, ficamos em silêncio até ela voltar com uma mochila preta e um celular.

   -Como o caminho vai ser longo, toma esta mochila... Disse dando a mochila para Scott. -Aqui tem colchão inflável, coberta ,comida, água, um guarda-chuva caso chova e esse mapa. Disse dando o celular com o caminho para mim.

  -Então vocês tem que ir logo antes que comece a escurecer. Levantamos e fomos até a porta, dissemos tchau e saímos. Entramos em uma trilha que tinha seguindo o mapa.

Não vou falar com ele, ele não sabia nem meu nome.

  -Então como é seu nome completo ? Perguntou ele, demorei um pouco para responder.

  -Ravena Side Burke, e oseu ?

  -Scott Bass Nate. E os seus pais, porque não mora com eles ?

  -Eles morreram ano passado, num acidente de carro, depois da morte deles, morei sozinha e me distanciei de meus amigos. E você ? Você não é filho de chocadeira né?! Disse rindo para descontrair um pouco.

  -Não. Disse ele rindo também. -Morei com meus pais até os 16 anos, depois fui servir ao corvei. Continuamos andando, em silêncio até eu parar.

  -Preciso ir ao banheiro, sabe onde tem algum por aqui ? Perguntei.

  -Ali, ali e ali. Disse ele apontando para as árvores.

  -São árvores.

  -Traduzindo para quando se está na floresta: Banheiros.

Ai não. Procurei a árvore com o tronco mais grosso. E fui até ela, quando cheguei até ela, me virei para Scott.

  -Vire para lá. Ele deu risada e me obedeceu.

  Fui atras da árvore...

Depois voltei e disse Pronto. Demos risada.

E logo mais para frente, estava morrendo de fome, então paramos e eu comi 2 sanduiches e tomei água. Scott não comeu nada. Estava satisfeita, então levantamos e continuamos a caminhar, indo para onde o mapa indicava.

Andamos por umas 2 horas, em silêncio, até Scott cair no chão ajoelhado. Me juntei a ele para socorre-lo.

  -Oque aconteceu ? Perguntei desesperada, sua boca estava palida.

  -Preciso de sangue. Ele disse com a voz já bem fraca.
Estiquei meu braço.

  -Toma, não se preocupe.

Disse carinhosamente, tentando ajuda-lo.

Ele olhou para mim, e pegou meu braço com suas duas mãos e fincou suas presas em meu pulso.

-Ai! 

Exclamei, não muito alto, para que ele não ouvisse, aquela mordida tinha doído mais que a primeira, talvez ele estivesse com mais fome naquela hora. Ficou uns 5 minutos bebendo meu sangue. Até eu chamar sua atenção.

-Scott. Não acha que já está bom.

Ele pareceu não ouvir. Tentei tirar um pouco meu braço, e ele fincou suas presas mais fundo ainda.

-Ai!

Doeu. Falei alto para que ele ouvisse. Ele soltou meu braço na hora.

  -Sinto muito.
Disse ele olhando para mim.
-Me descontrolei.

Ele tirou sua mochila das costas, e começou a procurar alguma coisa. Até achar uma mini maletinha de Pronto socorro. E tirou uma faixa branca, começou a enrolar em meu pulso.

  -Está tudo bem.

Eu disse dando um pequeno sorriso, para que ele não se preoucupa-se.
Ficamos um tempinho ali sentados, depois levantamos para retomar a caminha, já estava escurecendo.

    

A menina e o corvoOnde histórias criam vida. Descubra agora