Eight

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Ouvindo o celular tocar era o Zac falando pra eu me trocar, por que daqui a 10 minutos ele estaria na minha casa, ainda estava de cueca, então rapidamente eu coloquei uma camisa qualquer, calça qualquer, a primeira que eu peguei do guarda-roupa e já coloquei em meu corpo, fui ao banheiro, escovei os dentes novamente, penteei o meu cabelo, passei um perfume e sentei esperando algum sinal do Zac, pra deixar o tempo passar, eu escrevi meus sentimentos em uma carta escrita com uma caneta vermelha, sei lá eu queria que o tempo passasse um pouco, e já veio Zac buzinando, e eu fui confirmar se ele era mesmo e era sim


- Já vou – gritei tão alto que acho que a vizinhança inteira escutou o som da minha voz berrando.


Então caminhei até a porta, abri, fechei e peguei um elevador normalmente, sem nenhum problema, saindo da porta da frente, entrei no carro e dei um beijo no Zac, sua mão boba estava alisando em minha coxa.


- E aí, vamos? – sorriu ele enquanto dirigia


Eu peguei meu celular, digitei a senha, fui nas configurações e coloquei em modo de localização onde em qualquer lugar alguém com celular GPS pode me encontrar a qualquer minuto. Chegando lá, descemos do carro, entramos pela porta que abria automaticamente, subimos as escadas rolante, só que no meio eu decidi ir ao banheiro que eu estava muito apertado, pedi ao Zac que me encontrasse no McDonald's quando saísse do banheiro, pois eram quase 12:00 e era agora de almoçar, entrei no banheiro, urinei, lavei meu rosto e minhas mãos e no reflexo eu visualizei era o Jeremy, o que ele veio fazer aqui? E nas suas mãos havia um pano, mas pra que? E fui perceber que servia aquele pano, me agarrou brutalmente pelo pescoço e colocou aquele pano entre minha boca e o nariz e isso me fazia desmaiar lentamente, não estava conseguindo ficar em pé, então decidi fechar os olhos e deixar tudo rolar. Parecia o sonho que eu tive, mas não era, era a realidade, mas a única diferença era o chicote e o lugar onde eu acordava depois, mas dessa vez foi em um carro no banco de trás, me levando pra Kansas City pra pegar um voo pra o lugar que eu não sabia, acordei decidi procurar meu celular e mandar uma mensagem para o Zac avisando o que ocorreu por que eu demorei tanto, era 19:00 da noite.


Taylor: Socorro Zac, eu fui sequestrado pelo maníaco do Jeremy e estamos perto de Kansas City


Zac: Kansas City? É longe pra caralho, essa filha da puta vai ter o que merece, onde você está no momento?


Taylor: Eu estou na Highway 24, próximo a Waverly.


Zac: Ok, eu estou chegando o mais rápido que eu puder


Taylor: Qualquer coisa eu vou deixar meu celular ligado ao GPS pra você saber onde eu estou, agora eu tenho que ir, e venha logo.


Jeremy olhou rapidamente para trás, fingi que ainda estava desmaiado. Mas passando alguns minutos eu não aguentei ficar calado.


- JEREMY, SEU FILHO DA PUTA PRA ONDE VOCÊ ESTÁ ME LEVANDO SEU DESGRAÇADO? – gritei pegando em seu pescoço e comecei a chacoalhar


- CALA A SUA BOCA E FICA QUIETO, VOCÊ É SÓ MEU E MAIS DE NINGUÉM! – gritou ele me dando um tapa da minha cara, fazendo me jogar no banco de trás - ACHA QUE VAI ME DAR UM TAPA NA MINHA CARA E VAI FICAR ASSIM? ESPERA QUE VOCÊ VAI SEU FILHO DE UMA PUTA – devolvi o tapa que ele me deu em sua cara – E ME DÁ ESSA MERDA DE VOLANTE – peguei o volante descontrolado, e queria na hora sair daquele carro a qualquer custo


- Você não vai sair, você é só meu pra sempre – disse ele


- Mas a sua namorada? – perguntei


- Ah, aquela puta? Eu já terminei mesmo, foda-se ela – respondeu ele – Nós vamos para Kansas City, pegar um avião e ir para Porto Alegre e vamos viver felizes para sempre, sem que ninguém atrapalhe nosso caminho – peguei novamente o volante eu virei para direta fazendo assim que o carro virasse e rompesse o ferro que segurava para ninguém cair ladeira abaixo, o carro começou a capotar ladeira abaixo, como eu estava sem cinto de segurança, fui jogado pra fora do carro e então eu pousei em uma grama macia, o veículo explodiu junto com Jeremy que morreu carbonizado pelo fogo que estava sendo alimentado pelo combustível que havia dentro do carro. Estava lá, deitado na grama, apenas tendo uma hemorragia pela perna que foi cortada pelo vidro, não conseguia se movimentar, passava carros e caminhões e nenhum me socorria, até que apenas um carro parou e alguém desceu, então começou a chamar meu nome toda a hora, eu reconhecia essa voz, era do Zac procurando eu, e vendo um corpo jogado no chão que era eu ele começou a correr em minha direção.


- Tay, fale comigo, por favor não morra – ele não aguentava meu estado, estava todo ferido da cabeça aos pés, mas o que mais estava machucado era minha perna direita, minha blusa estava machada de sangue, tudo estava se finalizando pra mim, mas eu precisava mostrar algo para ele que estava no meu bolso, então tirei e entreguei a ele


- O que é isso? – perguntou ainda com lágrimas em seu rosto


- Apenas leia, por favor. E em voz alta


Ele desdobrou o papel e começou a ler


"Zac, se lembra que você que você me mandou fazer uma escolha? Então eu nunca pode perceber que havia uma pessoa que sempre esteve ao meu lado, e como eu posso trocar uma pessoa que me conhece a vida inteira  por outra que eu acabei de conhecer a algumas horas sem saber quem era ela? Então essa é a minha escolha, e sempre vai ser essa, essa escolha é você Zac. Eu te amo como nunca amei uma pessoa."


Após ler, suas lágrimas se encheram de tristeza e de dor, estava vendo o fim, então Zac me carregou em seus braços e me deu um beijo, não era apenas um beijo, era o último beijo que eu iria receber na minha vida, o último antes de partir, e eu estava partindo, estava pronto de se despedir de tudo, principalmente dele, então fechei os olhos e parti para um lugar calmo, de agora diante meu caminho era sem rumo, mas eu parti feliz isso é o que importa.

True LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora