Olá galeria, postando hoje porque ontem teve contratempos. Hoje o capítulo é na visão da Engfa e teremos momentos fofos, próxima semana teremos 2 capítulos (isso não é uma promessa).
Boa leitura!***
EngfaEscuto o celular tocar e abro os olhos para tentar pegá-lo, há uma mesinha no canto da cama e sei pela a luz que ele está sobre ela. As mãos dela estão ao redor do meu corpo e fico tentada a ficar ali, nos seus braços. Suspiro. Conto, 3, 2, 1. Levanto. Vejo o nome na tela " P' Daad". Respiro. Conto, 3, 2, 1. Atendo.
_ Oi. - saio do quarto e entro na sala, sento em uma poltrona.
_ Nong, estou ligando pra avisar que já estamos no hospital para novos exames. Ela está bem, só um pouco cansada, mas... - escuto sua voz falhar. - Preciso de você, Engfa.
Conto, 3, 2, 1. Não funciona. Minha respiração acelera, começo a tremer e meu coração dispara. Conto, 3, 2, 1. De novo e de novo. Ela parece perceber o que estou fazendo e fica em silêncio, a sua respiração acalma e por momentos acho que ela desligou, mas escuto barulho do lugar. Alguns minutos se passa e ficamos apenas em silêncio como se fosse um acordo de que tudo iria ficar bem, deito no sofá e fecho os olhos.
_ Tudo bem? - Escuto a voz de Chompu e abro os olhos rapidamente.
_ Quem tá ai? - P' Daad pergunta. Ela sabe quem estar mas quer minha confirmação.
_ P' Daad eu posso te ligar depois? Eu preciso...
_ Não! Se você desligar agora eu nunca mais ligo pra você, Engfa. Você tá na casa dela? Você largou o emprego na universidade? - ela fala baixinho, mas o tom de voz é ríspido.
_ Não! Eu não estou na casa dela e eu não larguei o emprego, eu estou bem...
_ Ótimo, se está bem não precisamos mais conversar. - ela desliga.
Fico com o celular na orelha, calada. Conto, 3, 2, 1. Suspiro. Chompu estar do outro lado da sala, seus olhos em mim, repito o processo de contagem várias vezes. Me levanto e entro no quarto, ela me acompanha e fica em silêncio enquanto troco de roupa.
_ Vai embora. - digo sem levantar os olhos.
_ Meu amor... - ela começa, mas para quando a encaro.
_ Sai.
_ Eu voltarei para Phuket no final de semana, poderíamos nos ver de novo. Você poderia ir comigo... - ela sorrir. - poderiamos viajar para fora, conhecer a China... Você queria tanto...
_ Minha mãe está doente. - falei ainda olhando para ela.
Seu sorriso sumiu, ela suspirou, pegou suas coisas que estavam no quarto e caminhou até a sala. Eu a segui até a porta da frente e abri.
_ Adeus, Engfa. - ela beijou meu rosto, se virou e foi embora.
Conto, 3, 2, 1. Inspiro. Conto... 3... 2... 1... Conto... Começo a chorar.
•••
A enfermaria fica do lado leste da universidade, significativamente longe do apartamento onde moro. Faço o percurso a pé, o ar é frio e parece agulhinhas penetrando a pele que está coberta com uma blusa fina. Meus olhos ardem mais por chorar do que pelo o vento que bate em meu rosto, olho para as árvores do caminho, caminho esse que fiz várias vezes com meu pai. Moravamos próximos de onde estou agora e quando o sol nascia ele descia para o campus, passava o dia tocando e cantando aos arredores e voltava pra casa com um chapéu cheio de trocados. A noite tocava em bares e quiosques que eram repletos de alunos, tantas e tantas vezes estive com ele. Descia pulando e cantando, dançava sobre as mesinhas enquanto ele tocava seu violão. Lembro de quando joguei suas cinzas no parque ao redor da universidade, lembro pensar está só, lembro de chorar em silêncio e então escutar diversos aplausos. Aplausos de pessoas que nem mesmo eu sabia o nome, mas eles conheciam meu pai, eles sabiam seu nome.
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We Are Forever
FanficCharlotte é uma jovem sonhadora, dedicada, sensível. A arte movia sua vida, foi no teatro que ela conheceu suas amigas, foi no teatro que ela encontrou seu lugar. Quando entrou em uma da maiores universidades de Bangkok não pôde acreditar que finalm...