3 - the legend of the piano

945 158 438
                                    

Na manhã seguinte, Minho abriu lentamente os olhos, sentindo a luz suave do sol invadir o quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na manhã seguinte, Minho abriu lentamente os olhos, sentindo a luz suave do sol invadir o quarto. Um leve suspiro escapou de seus lábios ao perceber que ainda estava sozinho.

— Será que não tenho colegas de quarto? — murmurou, sentando-se na beirada da cama e passando os dedos pelos cabelos despenteados.

Seu olhar se fixou no armário de madeira escura no canto do cômodo, suas portas ligeiramente desgastadas. Ele abaixou a cabeça, mergulhando em pensamentos variáveis, questionando se a voz que ouvira na noite anterior era real ou apenas uma criação da sua mente cansada.

Logo se levantou da cama, sentindo o frio do chão de madeira sob os pés descalços. Minho espreguiçou-se, tentando afastar o cansaço que ainda pesava sobre os ombros. O quarto estava envolto em uma penumbra suave, e a luz que filtrava pela janela parecia hesitante, como se também estivesse relutante em entrar.

Caminhou até o banheiro, um pequeno espaço que exalava um aroma de sabonete e um leve toque de umidade. O espelho estava embaçado, mas o reflexo por trás da névoa mostrava olhos cansados e uma expressão preocupada. Ao ligar o chuveiro e ajustar a temperatura, a água quente começou a escorregar pelas paredes do box.

Assim que entrou, o calor envolveu o corpo como um abraço reconfortante. Os olhos foram fechados, permitindo que cada gota derretesse as tensões acumuladas. O som da água caindo era quase hipnótico, criando uma sinfonia relaxante que contrastava com os ecos da noite anterior.

Enquanto se ensaboava, a mente vagava entre lembranças e inquietações. A voz ouvida ecoava em pensamentos, como um sussurro persistente que não queria ir embora. Afastar aqueles sentimentos sombrios tornou-se um desafio, mas focar na sensação revigorante da água quente ajudou um pouco.

Abrindo os olhos e olhando para o chão do box, onde a água misturava-se com pequenas bolhas de sabão, surgiu a sensação de algo se movendo nas sombras. Um arrepio percorreu a espinha, mas sacudiu a cabeça, convencendo-se de que era apenas imaginação.

Após alguns minutos sob o chuveiro, a água finalmente foi desligada e a saída do box envolveu tudo em vapor. Ao pegar a toalha, mais uma vez olhou para o espelho embaçado e questionou se conseguiria deixar para trás as dúvidas que assombravam sua mente.

Enquanto Minho se secava, um som sutil começou a se destacar no silêncio do banheiro. O eco suave de batidas leves reverberava contra o vidro do espelho, como se algo estivesse tentando se comunicar. Ele parou, a toalha ainda em mãos, e virou-se lentamente para encarar o reflexo.

As batidas continuaram, ritmadas e insistentes, criando uma atmosfera estranha. A luz do banheiro piscava levemente, como se estivesse respondendo àquelas batidas. O coração acelerou um pouco, e uma mistura de curiosidade e apreensão tomou conta dele.

Com cautela, aproximou-se do espelho, tentando entender o que poderia estar causando aquele som. As batidas pareciam vir de dentro do vidro, como se alguém estivesse lá do outro lado, chamando por ele. Minho levou um dedo até a superfície fria do espelho e tocou suavemente, quase involuntariamente.

THE SCREAM |m&jOnde histórias criam vida. Descubra agora