Capítulo 75

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Naquela noite, Su Hui não dormiu por muito tempo. Ele acordou de madrugada e sentiu um leve frio no cobertor. Então, de repente, ele percebeu que a coisinha que costumava se enrolar no cobertor havia sumido.

Aristóteles estava perdido; ele não sabia para onde o gato tinha ido.

A casa de repente parecia vazia e parecia que faltava um pequeno pedaço em seu coração.

Su Hui se virou e sentiu uma dor de cabeça, mas não conseguiu voltar a dormir.

Ele se levantou, abriu um pouco as cortinas da sala, e a luz da manhã penetrou pelas frestas da cortina, brilhando no quebra-cabeça espalhado.

Su Hui se sentou e pegou cuidadosamente as peças do quebra-cabeça espalhadas pelo chão. O quebra-cabeça estava muito fragmentado e, embora ele juntasse algumas peças distraidamente, sua mente não conseguia se acalmar. Ele abriu a porta e saiu.

Su Hui não conseguia se lembrar quanto tempo fazia desde que ele encarou a luz da manhã sozinho. O ar estava ligeiramente frio, fazendo-o tossir algumas vezes.

Ele olhou para cima, usando seus dedos finos para contemplar o sol recém-nascido no céu.

Este mundo parecia estranho para ele.

Quando Su Hui desceu pela manhã, ele não trouxe sua bengala. Só ao passar pelo pátio da comunidade percebeu que o caminho era mais complicado do que imaginava.

Ele caminhou de volta para o andar térreo e se sentou em um banco ligeiramente frio.

Algumas coisas fracas gradualmente surgiram em sua mente, como se fossem suas memórias remanescentes.

Sua mente costumava ser uma bagunça, nunca tão clara quanto agora.

Suas mãos estavam frias e sentado aqui, ele se lembrou do calor do sangue fluindo quando An Yuci morreu em seus braços.

Su Hui parecia indiferente na superfície, sempre alegando que estava bem, e até rejeitou a sugestão de Yang Yuqing de tratamento médico imediato.

Mas, no fundo, ele sabia que a morte de An Yuci ainda o afetava.

Era uma vida que morreu na frente dele, e ele podia sentir o passar da vida.

A cena de An Yuci sacando uma arma e atirando em si mesmo repetidamente aparecia em sua mente.

Era como um quebra-cabeça deixado para ele resolver.

Ele queria entender claramente quem An Yuci havia encontrado e o que o levou a esse ponto.

Su Hui organizou seus pensamentos. Se o tempo com Qin Yongchen foi apenas uma coincidência, a morte de An Yuci confirmou isso ainda mais.

Existe uma conexão entre esses serial killers.

E eles sabem de sua existência.

Essa informação, que foi classificada pela polícia como confidencial, está se espalhando entre um grupo de assassinos psicopatas. Isso, por si só, é altamente anormal.

A primeira pessoa que soube sobre o pseudônimo do Poeta deve ter sido alguém da polícia ou alguém de alto escalão. Quem espalhou a notícia? Seria outro profiler como ele? Ou outra pessoa?

E qual é o propósito deles?

Eles estão tentando provar algo ou obter algo?

Ele já encontrou vários desses assassinos brutais. Quem será o próximo?

Eles trarão novos perigos para sua vida?

Su Hui relembrou o homem que viu no elevador da clínica de Yang Yuqing. Apenas a lembrança dessa pessoa fez seu coração acelerar.

Notas de Investigação Criminal [Pt-Br]Onde histórias criam vida. Descubra agora