Estava terminando de lavar o último prato que se encontrava na pia e ouço a porta ser aberta, nem preciso olhar, sei que é a minha mulher chegando, a confirmação chega quando sinto seus braços em minha cintura e sua cabeça repousar em meu ombro.
- Você já comeu? - Margot diz sem me soltar - Eu estou morrendo de fome, achei que ia ter uma comidinha nesse evento, mas não tinha nada. - Ela diz, eu me viro pra ela vendo um bico em seus lábios e sorrio com a cena.
- Coitada do meu amor. - Digo dando um selinho nela - Tem resto de comida na geladeira, não tava com energia pra nada hoje. - Disse passando por ela e indo até a geladeira, em seguida vou dizendo o que tinha ali- Tem resto de pizza, alguma marmita congelada e alguma coisa pra comer com pão, acho que precisamos ir no mercado.
- Queria que você estivesse lá. - Ela disse enquanto se encostava na bancada, seu olhar não estava nada animado, apenas respiro fundo. - Eva estava lá com Ryan, eles não me deixaram ficar sozinha, mas era difícil ver eles tirando fotos juntos e todos amando, enquanto eu só conseguia pensar em você.
Vou até ela passando meus braços pelos seus ombros, nossos olhares se encontram, era notável como ela estava abalada e eu não estou diferente, é óbvio que gostaria de estar segurando a mão da minha namorada na frente de todos, mas a situação é complicada e o medo de sairmos machucadas é gigante.
- Um dia será a gente. - Digo e ela apenas afunda seu pescoço em meu pescoço. - Eu acho que logo, eu juro meu amor. - Ela continuava ali, quieta, apenas com a respiração contra minha pele e suas mãos me abraçando. - Eu tenho medo. Olha pra mim vida. - Disse e assim ela fez.
- Você tem medo do que? - Ela diz e eu respiro fundo - Eu sei que a gente tem uma diferença de idade que vai ser comentada, eu sei que vão ficar no pé com isso.
- Eu vou parecer aproveitadora do seu sucesso, já disseram isso em notícias que estávamos como amigas, imagina como namoradas. - Digo e ela segura meu rosto - Eu quero mais do que tudo que as pessoas saibam que somos uma da outra, quero poder andar de mãos dadas com você na rua, te dar beijinhos e ter momentos românticos sem estar escondida, mas e se eu estragar toda a carreira que lutei pra ter? Amor, eu lutei tanto pra estar aqui hoje e luto todos os dias, não quero perder tudo. - Disse e ela deu um beijo em minha testa.
- E se a gente só não falar nada, apenas ir, sem ligar. - Ela diz e eu a encaro - Não precisamos dizer que somos namoradas, você seria minha acompanhante e aos poucos a gente vai expondo isso. - Ela diz e eu sorrio
- Parece um meio termo agradável. - Digo e recebo um beijo, suas mãos repousam em minha cintura e eu faço leves carinhos em sua nuca. O beijo começa a se intensificar, suas mãos adentram minha camiseta e percorrem levemente minha barriga. - Margot, você precisa comer. - Digo parando nosso beijo e ela me deu um selinho.
- Tudo bem, vou procurar algo aqui. - Ela diz caminhando para a geladeira e se abaixa para pegar algo. - Mas eu já sei o que quero de sobremesa. - Ela diz e me encara da cabeça aos pés.
- Idiota, tá se achando muito. - Disse e ela revirou os olhos colocando a pizza na boca. - Só por ser uma puta gostosa que a cada segundo bate um recorde novo com seu filme não quer dizer que pode me ter a qualquer momento. - Disse e ela ergueu as sobrancelhas. Margot soltou o pedaço de pizza na caixa que se encontrava no balcão.
- É mesmo? - Ela diz caminhando em minha direção, vou dando passos para trás a cada centímetro que ela se aproximava, logo sentindo a parede atrás de mim e vendo Margot em minha frente observando cada mínimo movimento que eu fazia. - Então eu não posso fazer isso?- Ela diz afastando meu cabelo e passando o nariz levemente pelo meu pescoço e sem que eu esperasse deixou um chupão atrás de minha orelha, arrancando um gemido afobado, suas mãos exploravam meu corpo, intercalando entre apertões em minha bunda e seguradas firmes em minha cintura. - Muito menos isso né? - Ela diz e sinto sua mão passar pelo meio seio e o apertar logo em seguida, arrancando dessa vez um gemido baixo e sinto um sorriso contra meu pescoço. - Amor, você não engana ninguém, você me quer a qualquer instante.
- Talvez você esteja certa, mas só talvez Robbie. - Disse e ela me encarou, voltando a estimular meu seio e descendo sua outra mão até minha intimidade.
- Talvez? - Ela disse e eu confirmei. - Acredito que se fosse apenas um talvez você não estaria tão molhada S/s. - Ela diz e eu a beijo.
- Você venceu. Eu quero você, eu quero muito você. - Disse e assim ela se afasta de mim, sentando no balcão e voltando a comer sua pizza. - Não, não. Volta aqui.
- Você disse que eu precisava jantar. - Ela diz com um sorriso travesso no rosto. - Apenas estou obedecendo mina mulher.
- Sua mulher tá mandando você vir aqui e comer ela. - Disse séria e ela riu.
- Achei que ela não me queria. - Ela disse e eu sentei do lado dela.
- Para de ser idiota, eu te quero pra sempre Robbie. - Disse e logo recebi um selinho de minha namorada.
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