Destiny - JungKook (BTS)

Chapter 17

Quarta-Feira - 21:30pm

Já estávamos na segunda garrafa de champanhe, Jeon também estava bebendo whisky, ambos estávamos mais para lá do que para cá, mas estávamos conversando sobre tantas coisas, rindo tanto e curtindo tanto o momento que mal sentimos o tempo passar.

— Você não tem noção, eu era muito, mas muito machinho, batia em todos os meus amigos no jardim de infância. – contava, relembrando minha infância. – na verdade, eu não mudei muito, vivo batendo no meu melhor amigo.

— Coitado do seu amigo, pensei que você era do tipo fofa.

— Só com você... mas às vezes eu te xingo um pouquinho. – fiz um gesto com o dedão e o indicador, indicando que era bem pouco (🤏🏼)

— Me xinga? Por que você xingaria um bebê desses? – leva a mão ao peito, como se tivesse sido apunhalado, traído.

— Ah tá, quem ver assim até pensa que é... – dou um gole no champanhe e repouso a taça sob a mesa, virando meu corpo em sua direção, ficando frente a frente com o meu idol. – Quando sabemos que não é.

— O quê te leva a pensar que eu não sou um neném ? Eu tenho cara de neném! – pisca os olhos repetidamente, como um anjo.

— Um neném não faria às coisas que você faz, não mesmo– digo, mantendo o olhar firme em seus olhinhos redondos, acho que eu deveria parar de beber.

— O quê eu faço? – o moreno em minha frente teimava em brincar com a língua em seu piercing, seu olhar sempre se alternava entre meus olhos e lábios.

"Isso, Jeon, é isso que você faz!"- penso comigo mesma.

Meus olhos tentavam a todo custo se manter nos seus, mas era bem difícil me controlar com o garoto a minha frente mordiscando os lábios e passando a língua repetidamente nas joias em seus lábios. Não respondi sua pergunta e ao me dar conta do sorriso travesso que se formou em seus lábios, desviei o olhar e peguei minha taça, bebendo o líquido que restava ali.

— Não vai me responder, Kenzie? – sua pergunta estava carregada de provocação, e ao voltar a encarar seu rosto, vejo que o sorriso ainda estava lá. – Isso te incomoda?

Ele se referia aos movimentos que fazia com a língua em seu piercing.

— Não, só desvia um pouco a minha atenção. – a essa altura, o álcool já havia rompido qualquer filtro entre o cérebro e a lingua. – devo manter meus olhos em outro lugar.

— Desculpe, não foi a minha intenção. – foi sim, quando se trata de provocações você sempre foi mestre.

— Claro que não, afinal você é apenas um neném. – digo sorrindo cinicamente.

A verdade é que ambos já estavam para lá de alcoolizados, e ambos estavam se provocando mutuamente a partir de um certo ponto da noite. Nossos assuntos foram de perguntas entre fã e ídolo á vida pessoal, infância e namoro, piadas e frases de duplo sentido não faltaram em nenhum momento. Claro que eu pensei que era paranóia minha, afinal eu crio essa fanfic na minha cabeça a muitos anos, mas depois de um tempo a bebida me ajudou a enxergar coisas que eu estava negando.

— Meu Deus, você está debochando da minha ingenuidade. – fez cara de espanto, o que me fez rir. – Me sinto magoado.

Continuamos bebendo e pela primeira vez durante toda a nossa conversa, pego meu celular ao ouvi-lo tocar, era Jackson me ligando.