Capítulo 10

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Já se passavam 5 dias que Henry estava inconsciente,e também o quinto dia que Marie ia para seu lado conversar com o garoto,como costumava fazer desde o primeiro dia em que ele estivera desacordado.

- Bom dia Henry..- me sento em um banquinho ao seu lado observando alguns tubos de respiração que Schwoz colocou em suas narinas.

- Eu ainda tenho esperanças que tudo vai ficar bem,na verdade vão ficar bem,você é o kid danger,lute contra isso - aperto sua mão esquerda que estava um pouco fria.

- Sabe,eu sei que não consegue me ouvir,mas você é muito importante pra mim. - Seguro um choro que estava querendo vim.

- Eu..eu não sei na verdade o que eu sinto..- desvio o olhar fixando minha visão para sua mão.

- Na verdade eu sei,eu realmente gosto de você,mas não um gostar de amigo é um..- suspiro- um gostar a mais sabe? Na real deixa pra lá,acho que isso é só neurose da minha cabeça. - dou uma risada fraca.

Em um instante Marie sente os dedos de Henry mexerem delicadamente por sua palma da mão,o que a fez dar um pulo de surpresa e encarar o loiro.

- Henry? Henry! - Balanço com calma seu corpo,mas nenhuma resposta é dita,mas novamente sinto seu polegar acariciar minha mão,ele estava tentado falar,mas não conseguia.

- Schwoz! Schwoz! - corro para o centro da caverna em velocidade recebedo olhares de todos que estavam presente ficarem curiosos.

- O Henry ele..ele se mexeu. - falo com  um pouco de desespero na fala.

Schwoz vai em direção a Henry e todos seguem. O mais velho coloca um equipamento médico para medir a pulsação e batidas do coração do garoto.

- Eai? - Ray pergunta impaciente.

- Nada - os olhares que estavam com esperanças logos desmacham - pode ter sido um espasmo.

- Não! Eu vi,ele mexeu o polegar,ele tá tentando se comunicar! - me desespero tentando convencer a todos do que eu havia visto.

- Marie,você precisa descansar um pouco filha- ele se aproxima de mim tentando me levar para fora do cômodo.

- você não acredita em mim?

- Olha,todos nós estamos confiantes que ele vai acordar,mas também sabemos que ficar remoendo isso não faz bem Marie - Charlote coloca sua mão no meu ombro na tentiva de me acalmar.

- Eu juro! Eu juro que eu vi - bufo - quer saber eu desisto. - Saio furiosa indo até meu quarto e trancando a porta,me permitindo afundar meu rosto nos meus travesseiros e explodindo um "MERDA" enquanto lágrimas deciam sem esforço pelo meu rosto.

Ouço batidas repentinas em minha porta,mas ignoro completamente,tendo a desistência das batidas. Enquanto algumas lágrimas ainda desciam Marie fecha seus olhos e em alguns segundos adormece.

QUEBRA DE TEMPO------------------------------

Marie acorda no dia seguinte com os seus olhos meio inchados,ela toma um banho e faz suas higienes,vestindo uma roupa confortável em seguida.

- Bom dia filha

- Dia - respondo sem manter muito contato visual indo em direção a máquina de lanches.

A porta tecnológica que separava o centro da caverna e a enfermaria é aberta com certa força e velocidade,mostrando a imagem de Schwoz.

- Eu terminei de construir a máquina para tentar acordar o Henry - ele diz rápido e com suas palavras meio embaralhadas,mas foi o suficiente para Marie e Ray correrem para a sala.

- Essa máquina só pode ser usada em pessoas que estão conscientes,mas pode não dá certo também..

- O que?se isso não acordar ele o que pode acontecer?

Um silêncio se faz presente,dando a enteder o que poderia ocorrer.

- É nossa última esperança..temos que arriscar - Ray olha para o garoto e permite que Schwoz comece o processo.

Schwoz fica próximo ao loiro e pede para que Marie e Ray se afastem um pouco,ele mira para a cabeça dele e liga o aparelho,ele tinha um formato cilíndrico,em uma de suas pontas uma mistura esverdeada brilhava com grande intensidade,uma camada verde atingi o garoto fazendo Marie fechar um pouco os olhos pela claridade exposta,a cor começa a mudar para um azul Ciano e partículas esverdeadas começam a se espalhar pelo corpo inteiro, O mais velho desliga a máquina e todos observam atentamente em expectativa do loiro acordar,mas nenhum sinal é dado.

Os três olham para a máquina de batimentos cardíacos que caia com rapidez.

- Essa não..- Schwoz pega um equipamento de respiração e aumenta a intensidade,meus olhos começam a lacrimejar de desespero.

Ray corre para ajudar a Schwoz a colocar mais oxigênio na máquina,enquanto Marie fica em frente a Henry com tensão. Os batimentos de Henry diminuem mais,nenhum dos três sabia mais o que fazer ,apenas os mais velhos seguravam o respirador nas narinas de Hart.

- Não.. não,aguenta Henry aguenta por favor - pego em sua mão permitindo que mais lágrimas rolacem por meu rosto.

0 batimentos,era o que mostrava em vermelho na máquina,Ray suspira forte e abaixa a cabeça sem acreditar no que acabara de acontecer,Schwoz faz o mesmo soltando os equipamentos,Marie chorava com sua mão esquerda em seu rosto enquanto a outra ainda segurava a mão do garoto ,estava mais gelada do que o normal.

A angústia se fazia presente na sala,em que os únicos barulhos eram os de gemidos de choro e suspiros profundos,Ray abraça a filha que não solta a mão do loiro e ainda mantia sua mão no rosto,talvez tentando pensar que tudo aquilo não era verdade.

- Hm - um gemido é ouvido quebrando o silêncio do local,Marie sente um leve aperto em sua mão,o que faz a garota e seu pai olharem lentamente para a maca.

- Marie? - os beps dos batimentos de Henry voltam com rapidez.

- Henry! - os três gritam em êxtase quase ao mesmo tempo.

- Vem,respira fica calmo - Schwoz auxilia o equipamento de respiração,logo tendo o estímulo dos olhos de Henry,que abriam lentamente se acostumando com a claridade. Os olhares que antes eram de tristeza se iluminaram em sorrisos brilhantes acompanhados de risadas de alívio.

Marie limpa seu rosto esboçando um lindo sorriso que é retribuído por Hart,seus olhos estavam meio fundos e sua pele meio pálida,já que não estava se alimentando direito,somente por tubos.

- Você quase matou a gente do coração

- Por favor pai,não vamos mais falar sobre mortes - digo abraçando o loiro e recebendo risadas dos três.

- Vou ligar para a Charlote e o Jasper agora mesmo - pego meu celular ainda meio trêmula e ligo para eles,que não demoram muito para chegar e logo abraçam o loiro sem êxito.

Todos conversavam com Henry para estimular o seu cérebro,já que tanto tempo desacordado poderia interferir em certas coisas do corpo, Marie vinha com uma tigela de sopa para o garoto,ela se senta em sua lateral e pega a colher com a comida,fazendo uma imitação de "aviãozinho" em direção a sua boca, o que fez todos rirem.

Schwoz pega uns equipamentos de lazer e passa pelo corpo do garoto,para ter certeza de que não tivera nenhuma sequela.






Henry danger e Marie ManchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora