ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴜ́ɴɪᴄᴏ

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Finalmente seu grande dia chegara, Kaeya fazia 21 anos e, para comemorar isso, quis fazer um bolo para comer junto de seu irmão — mesmo que Amber tivesse certeza de que Diluc não acharia uma boa ideia. Jean, apesar de todo o trabalho pendente, ajudou-o a preparar a receita escolhida, visto que também tinha esperanças da "reconciliação" dos irmãos. Isso somente deu mais determinação para o aniversariante.


Logo após receber a ajuda da chefe, Kaeya colocou sua melhor roupa e teve certeza de que seu cabelo estava impecável para o acontecimento. Realmente, quem o via na rua admirava a confiança que o mesmo exalava.



Por outro lado, o dono do vinhedo nem se dera o trabalho de lembrar-se da data, Adelinde ficou o dia inteiro dando pequenas dicas e sinais para que ele acordasse, mas tudo o que conseguiu foi irritá-lo com suas falas sobre o irmão. Não que ele não se importasse com Kaeya, fazia um bom tempo desde que eles não trocavam mais que duas palavras.



"Talvez seja o meu dia" o cavaleiro pensou enquanto se dirigia à taverna, agora não com tanta confiança quanto antes, pois organizou as possibilidades mais prováveis de ocorrer. E a reconciliação não era uma delas.


Kaeya hesitou uma, duas, três vezes. Quem sabia se a sorte não havia se esgotado no caminho? A fila atrás dele começou a ficar longa, se não se decidisse logo, as pessoas poderiam começar a perder a paciência — e com briga não seria uma ótima forma de começar a conversa com seu irmão.


Talvez ele devesse voltar.


Assim que virou-se para sair da fila, a porta do estabelecimento abriu, revelando uma figura de cabelos amarronzados: Charles, o barman da taverna. O mesmo, com muito esforço, convenceu o aniversariante a tentar pelo menos se comunicar com seu chefe — cavaleiros de favonius podiam ser bem insistentes, mas não tanto quanto um barman determinado.


Ele entrou no estabelecimento. Com o bolo em mãos e a insegurança transbordando de seu corpo, tentou iniciar uma conversa usual.


— Boa noite, Mestre Diluc!


— Boa noite — O ruivo não tirara os olhos do copo que estava limpando. — Morte após o meio-dia?


Esse era o vinho favorito de Kaeya, consequentemente o mais forte. Mas ele tinha que focar em seu objetivo.


— Hoje não.


A fala chamou a atenção de seu irmão, fazendo-o olhar para o cavaleiro.


— Não? — Desconfiou. — Tudo bem... — Ele voltara a fazer seu trabalho.



Diluc não deixaria a curiosidade falar mais alto e perguntar o porquê de Kaeya estar segurando um bolo, apesar de a vontade ser imensa. Talvez ele só estivesse comemorando uma conquista de algum colega. Isso explicaria sua vestimenta e a quantidade de outras pessoas que chegaram após ele.



Já o aniversariante esperava o proprietário do vinhedo perguntar sobre o bolo, algo que talvez não acontecesse sem uma certa insistência de sua parte. Engoliu a insegurança e começou a falar.

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21 ᴀɴᴏs - ᴜᴍ ᴄᴏɴᴛᴏ ᴘʀᴏᴛᴀɢᴏɴɪᴢᴀɴᴅᴏ ᴏs ʀᴀɢʙʀᴏsOnde histórias criam vida. Descubra agora