Terceiro capítulo: Muitas coisas difíceis

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Voldemort andava em torno da mesa para se sentar em seu lugar. "Para aqueles que não sabem, esta noite estamos na companhia da senhorita Caridade Burbage, que até recentemente lecionava na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sua matéria, o estudo dos trouxas."

Voldemort com a varinha em mãos fazia a professora flutuar deitada de barriga para cima, em cima da mesa.

"A senhorita Burbage acredita que os trouxas não são tão diferentes de nós, por ela, se fosse possível casaríamos com trouxas. Para ela a mistura de nosso sangue com sangues-ruins não é uma abominação, e sim algo para ser encorajado."

"Severo... Severo por favor... somos amigos..." Olhava a professora para o antigo colega de trabalho, implorando por sua vida.

"Avada kedavra" O Lord das Trevas mata a professora, e com sua cobra subindo a mesa ele diz: "Nagini, jantar."

E ela dá o bote na professora.


Draco acorda suado e ofegante, senta na cama e força o rosto contra as mãos.

Isso não é real, isso não é real.

Só foi um pesadelo.

Não é real...

Não é real...

Eu preciso de um banho.

Com muito esforço tentando vencer a ansiedade, Draco se pôs de pé e foi até o banheiro, tomou uma poção calmante e antes mesmo que pudesse se sentar no vaso sanitário para ajudar a retirada da roupa, as pernas do loiro cedem o deixando no chão frio tremendo.

Por mais que a poção tenha feito seu coração ir mais devagar a sua mente ainda estava a mil por hora e seu corpo agora ardia e pinicava. Uma dor de cabeça se iniciava na cabeça enquanto sua respiração descompassada diminuía.

Foi inevitável naquele chão gelado Draco derramar algumas lágrimas contínuas em um choro silencioso.

Ele deveria chamar Monstro, deveria tentar chamar Potter, mas seu corpo parecia querer gastar energia apenas com seu cérebro, fazendo sua fala ser roubada. Era como em um pesadelo em que se tentava berrar por ajuda mas a voz não saia, a diferença é que a boca dele mal se abria. Apenas se abria o suficiente para o ar lentamente passar pela boca numa respiração lenta.

O que estava acontecendo com si?

Para Malfoy passaram-se longos minutos, mas na realidade Harry chegou pouco depois.

Harry logo que entrou já se ajoelhou do lado do outro homem o erguendo pelos ombros quase gritando: "Draco, o que... o que aconteceu? Vem..." Harry começa a ajudar o outro a sentar no chão.

"Você está bem? Draco..." Harry passa o dedo pelo lábio ferido do outro. "Tirando isso, você se machucou?" O moreno tira a mão do rosto do outro e segura seu ombro.

O loiro nega com a cabeça e fica olhando o moreno com os olhos caídos.

"O que aconteceu?" Com o silêncio do outro Harry suspira em preocupação e diz: "Você sabe que só quero ajudar. Não precisa me dizer o porque, só me diz o que queria fazer."

"Eu só queria... só queria tomar um banho."

"Tudo bem. Quer que eu te coloque sentado no vaso para te ajudar a tirar a roupa?"

Em baixo tom, ainda como se estivesse em transe, o loiro respondeu: "Não precisa, acho que quero voltar para cama."

"Tem certeza? Não precisa se preocupar, eu te ajudo. E pelo jeito concordo que seria bom você tomar um banho. A febre voltou?"

Uma União Inesperada | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora