A grande batalha.

1. O princípio

Kyteler (23)

Aella (19)

Marita (51)

Em 821 d.C., os vikings já haviam dominado quase todas as aldeias ao seu redor, todas que eles sabiam que existiam. Mas havia uma escondida por magia de bruxas ancestrais, nunca foi registrada em lugar algum, impossível de se encontrar. Apenas os habitantes da cidade de Muvae conseguiam entrar e sair a hora que quisessem.
Esta aldeia, a algumas décadas, era liderada por mágios: bruxos e bruxas, vampiros e lobos, elfos, anões entre várias outras criaturas. Cada uma tinha uma função, os anões protegiam os cidadãos com suas armas, eram os carpinteiros e ferreiros, construíam tudo que fosse necessário. Os elfos tratavam os alimentos, animais, doenças e tudo que tivesse relação com a natureza. Sua magia era pura!
Já os bruxos, ficavam com a tarefa mais difícil, eles usavam a sua força para proteger toda a aldeia, á escondia de todos de fora! Mas nem todos eram bons, e alguns chegavam a se rebelar contra seus ancestrais, usando a expressão (magia negra). No começo, não havia problema, mas cada vez que era usada, consumia quem a pratica aos poucos, até que não sobrasse mais nada do bruxo. Os lobos iam atras de alimentos para todos enquanto os vampiros por serem os mais fortes, combatiam aqueles que trouxessem ameaça.
Era uma ótima divisão, tudo funcionava do jeito que deveria ser! Mas um dia, uma bruxa rebelada foi consumida por completo pela expressão. Kyteler havia perdido toda sua humanidade, matava por puro prazer e torturava suas vitimas como diversão! Não dava mais para conviver com ela, pois ninguém nunca estaria seguro de verdade, então todos os mágios líderes se juntaram para matá-la.
Kyteler matou um por um, sem sofrer nenhum arranhão, e se tornou a nova "rainha" de Muveaysk (a aldeia), mas o povo não a respeitava, não seguiam suas regras e isso só a enfurecia. Por fim, começou um massacre, matava todos que estivessem fora de suas normas, e os deixara nas ruas como forma de punir os familiares e conhecidos.
Ela só não contava que um dia, todos iriam se unir para combate-la de maneira brutal e sangrenta, "ᛗᛟᚱᚱᚨ
ᛗᚨᛋ ᛗᚨᛏᛖ" é o que berravam em direção a Kyteler, não importasse quem morresse, ela tinha que cair também. Quando viu que não teria saída, a bruxa decidiu acabar com toda a magia, fez o feitiço proibido, acabando com toda a força do reino.
Vampiros morreram, lobisomens viraram eternos lobos, elfos e bruxos se tornaram apenas humanos, junto dos anões que não obtinham mais dom algum e ela foi morta como o preço de seu encantamento. Mas com o que não contava, é que quando se fosse, toda a força de todos os mágios incluindo a sua, se concentraria naquilo que estivesse mais perto. O poder foi dado a uma criança, sua filha, ainda bebe, cujo ninguém soubera de sua existência.
Quando os poucos que sobreviveram invadiram o castelo de Kyteler, encontraram o seu corpo ao lado da criança, e decidiram não a salvar, pois não queriam que nada da bruxa ainda estivesse vivo. Mas, uma senhora não conseguiu deixa-la para trás, queimou o corpo da mãe, e jogou as cinzas no túmulo de seus pais. E levou a pequena em seus braços, escondida em panos para que ninguém visse que estava viva!

A aldeia havia perdido muito em uma batalha que nem se que começou, seu estado era inconsolável. Mães enterrando seus filhos, filhos enterrando seus pais, e todos que possuíam magia antes, não sabiam como seria o futuro de Muveaysk. Sem bruxos para esconde-los, podia se contar nos dedos quantos dias demoraria para os vikings os acharem e matarem os que sobraram.

Em 837 d.C...

- Marita, por que não posso sair? - Aella retruca

- Já lhe expliquei que os vikings estão cada vez mais perto de nos encontrar, se te pegarem, vai implorar para que estejam bondosos e apenas te matem. - Marita reponde sem paciência.

- Mas Marita, eu já sou grande, faço 19 daqui uns dias. - Persiste.

- Eu já falei que não Aella! Você não vai se arriscar lá fora, existem pessoas ruins, que não vão pensar nem por um minuto em te machucar. - Rebate

- Eu destruo quantos batalhões for preciso, além do mais, sou a única com mágia. - Debocha enquanto acende uma vela com poder.

- Aella! Você pode ser poderosa, mas eu mando em você, e é a mim que vai obedecer. - Marita encerra a discussão.

Marita joga uma água na vela, o que apaga a chama mágica, e coloca a Birka (alimento) à frente da garota. Como já era noite, ela se despediu e foi se deitar para descansar, enquanto isso, completamente descontente com a resposta da anfitriã, Aella decide não seguir o que lhe foi mandado. Queria sair e conhecer a aldeia que estava, além disso, ela queria descobrir de onde vinha a música que tocava ao cair da lua.