Capítulo 10

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Romero estudou meticulosamente a fábrica abandonada por horas, traçando um plano de resgate cuidadoso. Ele sabia que qualquer erro poderia colocar em risco a vida de Atena, e ele estava determinado a não deixar isso acontecer. Finalmente, após um minucioso planejamento, a noite havia chegado.

Vestido de preto e com o rosto oculto por um capuz, Romero se aproximou sorrateiramente da fábrica. Ele se certificou de evitar qualquer vigilância e aproveitou a escuridão da noite para se camuflar. Cada passo era calculado, e a adrenalina pulsava em suas veias, alimentando sua determinação.

Enquanto isso, Atena estava fraca e machucada. Ela estava amarrada a uma cadeira, seus olhos estavam baixos e sua respiração ofegante. Ela não sabia se conseguiria suportar por muito tempo e, num momento de desânimo, deixou escapar:

Atena - Romero... Não sei se você vai realmente chegar a tempo... Mas se isso for o fim, queria que você soubesse que eu nunca deixei de amar você... - disse com a voz enfraquecida.

Enquanto Atena falava, suas palavras foram interrompidas por um barulho distante. Passos silenciosos e rápidos se aproximavam cada vez mais. Seus olhos se iluminaram de esperança, reconhecendo aquele jeito inconfundível. Finalmente, a figura escura de Romero apareceu no cômodo onde Atena estava. Ele olhou para ela com ternura em seus olhos, mesmo com o rosto parcialmente escondido pelas sombras.

Romero - Duvidou que eu viria?... - sussurrou ele, removendo o capuz e revelando seu rosto para Atena.

Atena não pôde conter as lágrimas que escorriam por suas bochechas, um misto de alívio e emoção inundou seu coração. Romero rapidamente a libertou das amarras, mas ela estava fraca demais para ficar em pé.

Atena - bem... o tempo que fiquei presa aqui e toda a tortura me fez pensar sobre... - ele sorri beijando ela com cuidado

Romero - Vamos sair daqui juntos, Atena.... mas temos que ter cuidado okay?

Atena - E-eu confio em você... - ela disse com a voz trêmula.

Sumara estava inquieta e impaciente, enquanto Toia parecia mais calma e pensativa, mesmo com toda a tensão do momento. Elas estavam em outro cômodo da fábrica abandonada, longe de onde Atena estava sendo mantida, discutindo seus próximos passos.

Sumara - Essa garota está me irritando! Ela merece sofrer muito mais do que estamos fazendo!

Toia - Sumara - Toia suspira sabendo que Sumara não estava se contendo - , precisamos tomar cuidado. Marcos quer a Atena viva, lembra? Se algo acontecer com ela, nós duas estaremos no lugar dela.

Sumara - Mas ela está se achando, Toia! - Sumara diz brava - Essa vadia sempre se achou melhor que tudo e todos. Fica nos provocando o tempo todo, como se fosse a rainha da cocada preta. Não consigo segurar minha raiva!

Toia - Eu entendo, acredite. Também não gosto nada dela, mas temos que seguir as ordens do Marcos. Ele é quem manda aqui, e sabemos o que ele é capaz de fazer.

Sumara - Você tem razão... - ela suspira -  mas isso não significa que não vou encontrar outras formas de fazê-la sofrer.

Toia - Sumara, você está exagerando. Lembre-se de que ela é mãe, e isso pode acabar virando contra nós se não agirmos com cuidado.

Sumara - Não defenda a Atena porque seu instinto materno fala mais alto! Essa garota arruinou nossas vidas!

Vitória - não foi só a sua vida que ela destruiu Sumara... - Toia olha Vitória confusa 

Toia - Vitória? O que ta fazendo aqui?

Vitória - vim fazer uma negociação... Quero a Atena

Sumara - como que essa mulher consegue fazer tantos inimigos?

After 16 yearsOnde histórias criam vida. Descubra agora