𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐆𝐏 ⁝ 𝐅𝐨𝐫𝐦𝐮𝐥𝐚 1 ✕ 𝐌𝐨𝐭𝐨𝐆𝐏

Russell ⁝ Ciúmes Incontroláveis

Ciúmes Incontroláveis
Pedido feito por Isabelinhaa21
⚠️ Capítulo não revisado.

Pov: SN

A atmosfera vibrante de uma festa pós corrida preenchia o salão, com música alta e alegria contagiante. Estávamos em um dos lugares mais badalados da cidade, onde todos os envolvidos no Grande Prêmio se reuniam para celebrar as vitórias e as emoções da pista. A noite estava apenas começando, e eu estava decidida a aproveitar cada segundo.

Enquanto observava a multidão se divertindo, senti alguém me puxar gentilmente pela mão. Era Lando Norris com um sorriso brilhante no rosto. Ele me convidou para dançar, e como resistir àqueles olhos e à sua energia contagiante?

Nosso ritmo se fundiu perfeitamente, nossos corpos se movendo em sintonia com a música animada que ecoava pelo ambiente. Sentia-me leve e livre, entregando-me ao momento. Ao meu lado, Lando brincava, fazendo voltinhas e passos ousados como se estivesse na própria pista de corrida.

Enquanto dançávamos, meus olhos encontraram os de George Russell em meio à multidão. Ele permanecia em um canto, observando cada movimento meu e de Lando com um olhar gélido. Russell era um piloto talentoso da Mercedes e, secretamente, também éramos envolvidos romanticamente há algum tempo.

No entanto, nosso relacionamento era complicado. Não era segredo que ele também mantinha um caso com a velocidade e a fama, por assim dizer. George estava solteiro e eu era apenas uma das muitas em sua lista. Até aquele momento, não havíamos assumido nada publicamente, e eu não sabia ao certo qual era a profundidade de seus sentimentos por mim.

Todavia, naquele momento, ficava claro que a minha dança com Lando estava despertando algo em George. Ele se aproximou rapidamente, atravessando a multidão, e abruptamente separou Lando de mim. Havia uma tensão no ar, e eu sentia que algo ruim estava prestes a acontecer.

Os dois pilotos trocaram olhares carregados de rivalidade e ciúmes. Lando, confuso diante daquela situação inusitada, recuou, lançando-me um olhar de preocupação enquanto se afastava. Eu, por outro lado, estava presa em meio àquele embate entre duas forças poderosas.

As palavras de George foram curtas e afiadas.

- Por acaso estão tendo um
caso? - Sua voz estava carregada de ódio.

- Como? Só pode estar maluco. - Soltei uma gargalhada tentando quebrar o clima tenso.

Os olhos de Russell transbordavam ódio, ele segurou com força meu braço me levando para um canto menos barulhento.

Ele questionou a razão pela qual estava dançando com Lando e como eu ousava me aproximar dele daquela forma. A mágoa e a possessividade transbordavam em sua voz, e eu sabia que era o momento de esclarecer tudo.

- George, não temos nada oficial. Não podemos continuar assim, mantendo segredo um do outro. - eu disse, tentando manter a calma mesmo diante daquele turbilhão de emoções.

Ele pareceu refletir por um instante, com o olhar ainda carregado de ciúmes e raiva. Percebi que tantas suposições e inseguranças estavam pesando sobre nós. Finalmente, ele suspirou e disse:

- Porra, vou ter que colocar um aviso em você agora? Você não deveria ter dado ousadia pra ele se aproximar.

- Quando você me assumir talvez eu mude! - me afastei deixando ele para trás.

Olhei para Lando de relance, percebendo que ele observava a nossa conversa de longe. Havia compreensão em seu olhar, como se soubesse que algo tinha mudado naquela noite. Nosso momento foi interrompido.

Russell passou por mim e me puxou, ele me arrastou pelo emaranhado labirinto de rostos desconhecidos até alcançarmos o banheiro.

As luzes brilhantes do banheiro não faziam jus à tensão que pairava no ar. Assim que a porta se fechou, senti-me encurralada contra a parede fria. O coração batendo acelerado e a preocupação crescente me dominaram. Olhando em seus olhos, vi um lado desconhecido de Russell, um homem dominado por seus ciúmes.

- Você deveria ter vergonha, dançando assim com Lando! - Russell rosnou, deixando claro que sua raiva era alimentada por ciúmes excessivos. - Você é minha!

Acalorados, seus olhos me perfuravam como lâminas de gelo, e a intensidade de sua fala ecoava nos confins do banheiro. Suas palavras me machucaram ainda mais do que o soco que ele desferira na parede. O choque e a dor emocional me dominaram nesse momento, fazendo-me enxergar claramente a toxicidade presente naquela relação.

Combinado a minha surpresa, uma sensação de raiva me invadiu. Minha voz ganhou força, mesmo que estivesse tremendo.

- Ninguém pertence a ninguém, Russell. - Falei com firmeza, me afastando da parede e encontrando meu próprio espaço. - Eu sou dona de mim mesma. Você não tem o direito de me tratar assim.

As palavras saíram de mim como uma corrente de desabafo, revelando minha verdadeira indignação em relação à forma possessiva com que ele me tratava. Naquele turbilhão emocional, foi como se uma camada de ilusão tivesse sido arrancada, revelando sua verdadeira essência controladora.

Meu corpo tremia, mas dessa vez não era de medo. Era uma mistura de raiva e empoderamento. Eu sabia que a única saída era romper com essa relação tóxica, em que meu bem-estar estava em segundo plano.

Enquanto Russell permanecia parado, atordoado por minhas palavras contundentes, tomei a decisão de me libertar. Com passos firmes e decididos, deixei o banheiro.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto atravessava a multidão no salão da festa. As pessoas pareciam desfocadas, como meros borrões em meio à minha tristeza. Pouco a pouco, conseguia sentir meu corpo se relaxar à medida que me aproximava da saída daquele lugar claustrofóbico.

Ao chegar ao lado de fora do salão, respirei fundo, tentando recuperar o fôlego e clarear a mente. A brisa fresca da noite tocava gentilmente o meu rosto, como se quisesse me envolver em um abraço caloroso. Sentia a necessidade de me reconectar comigo mesmo antes de tomar qualquer decisão sobre o episódio com Russell.