Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Forks, Washington. 06:45 AM; Tuesday.
Bella Swan Point Of View
📖
EU TINHA NOVENTA POR CENTO DE CERTEZA de que estava sonhando.
Os motivos para minha certeza eram que, primeiro, eu estava de pé em um raio brilhante de sol — o sol claro e ofuscante que nunca luzia em minha nova cidade chuvosa, Forks, no estado da Washington — e, segundo, eu olhava minha avó Marie. Vovó morrera havia seis anos, então era uma prova concreta da teoria do sonho.
Minha avó não mudará muito; seu rosto estava exatamente igual ao que eu lembrava. A pele era macia e murcha, dobrando‐se em centenas de pequenas rugas que pediam delicadas. Como um damasco seco, mas com uma nuvem de cabelo branco e espesso se destacando em volta dele.
Nossas bocas — a dela com rugas ressecadas — se estendiam no mesmo meio sorriso de surpresa, exatamente ao mesmo tempo. Aparentemente, ela também não esperava me ver.
Eu estava prestes a lhe fazer uma pergunta; tinha tantas — o que ela estava fazendo ali, no meu sonho? O que ela estava fazendo nos últimos seis anos? Vovó estava bem, e eles se encontraram, onde quer que estivessem? —, mas ela abriu a boca quando tentei falar, então parei para permitir que ela falasse primeiro. Ela fez uma pausa também e depois nós duas sorrimos com o pequeno embaraço.
— Bella? — A voz chamou.
Não era vovó que chamavam meu nome, é nós duas nos viramos para ver quem se unirá à nossa reuniãozinha. Não precisava olhar para saber quem era; aquela era uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar — reconheceria e reagiria a ela, quer estivesse acordada ou dormindo... Ou até morta, posso apostar. A voz pela qual eu pisaria em brasas — ou, sendo menos dramática, pela qual eu chapinharia na lama em cada dia de chuva e interminável.
Edward.
Embora eu sempre ficasse emocionada ao vê-lo — consciente ou não —, e embora eu quase tivesse certeza de que era um sonho, entrei em pânico enquanto Edward se dirigia a nós sob o sol reluzent.
Entrei em pânico porque vovó não sabia que eu estava apaixonada por um vampira — ninguém sabia disso —, então, como eu explicaria o fato de que os feixes brilhantes de sol se dividiam em sua pele em mil fragmentos de arco-íris como se ele fosse feito de cristal ou diamante?
Bom, vó, deve ter percebido que meu namorado brilha. É só uma coisa que ele faz no sol. Não se preocupe com isso.
A expressão de vovó me surpreendeu. Em vez de parecer em pânico, ela me olhou timidamente, como se esperasse por uma repreensão. E ela estava de pé em uma posição estranha — um braço afastado canhestranhamente do corpo, esticado, e depois, envolvendo o ar.
