Mudei-me da Transilvânia para uma área de classe A de Beverly Hills. Uma Mudança enorme para mim tanto de lugar como de cultura. Mas o pior seria a escola e o Halloween.
Quando você mora na Transilvânia e se muda para outro lugar nessa época festiva, todo mundo literalmente Cola em você. Eu sabia disso, sentia em cada área da minha pele ou talvez fosse sol demais. Onde moro o sol parece ser mais forte por causa da maré e da praia. Praia! da a para acreditar? Praia. Sou sensível ao sol por causa de ser albina. Mais um motivo de ser manchete de primeira pagina da escola.
- Você vai para escola e ponto final. - Meu pai disse. Seus olhos estavam vermelhos por causa da falta de sono e o mordomo estava de pé com sua pele cinzelada e sua face carrancuda.
Bati o pé com a injustiça.
- Pra você é fácil Conde Drácula. Não vão chamar você de vampiro! - gritei
Meu pai olhou para o mordomo como se trocassem informações secretas, algo muito injusto de se fazer quando você tem 16 anos e Não faz ideia do que eles estão " falando ". O mordomo me carregou sobre seus ombros e me odiei por ter posto uma saia no lugar de calças, agora nossos novos vizinhos veriam meu traseiro e teriam estórias para contar para seus filhos e netos.
Eles me veriam , apontariam o dedo e diriam " Está vendo aquela garota ali ? Todo mundo viu o traseiro dela " Jerome me jogou no banco traseiro e deu uma piscada para zoar da minha cara e tomou seu lugar ligando o carro.
- Seu bosta. - disse num sussurro.
Se alguém viu meu traseiro e abrisse a boca desejaria que ele tivesse pesadelos com traseiros de todos os tamanhos e formatos do qual o meu seria o líder e daríamos bundadas na cara dele Até eles aprenderem a não olhar para o traseiros de moças indefesas.
- Eu ouvi. - Jerome disse num sorriso. Era difícil ficar brava com ele quando ele faz tanta questão de ser legal.
Eu sorri envergonhada enquanto passava a mão pelos meus cabelos descoloridos naturalmente.
- Não seja cuzão! Vão apontar o dedo e me chamar de vampira!
- Se chegarem a isso mando meus amigos atrás deles. - Ele não estava brincando e não gostaria disso. Gostava de ter meu traseiro a salvo. Jerome não era tão velho, tinha a idade de meu pai e tinha um filho bem gatinho .
- Seu filho vai estar lá?
Jerome sorriu aparentemente gostando da pergunta. Ele sempre dizia que Adrian perguntava por mim e sempre pulava de alegria quando ouvia isso. Meu coração pulava só de pensar naquele sorriso, aquele cabelo castanho, aqueles olhos azuis gelo... Até minhas pernas viravam gelatinas.
- Ele quis chegar lá primeiro, foi de moto.
Quase tomei o lugar de Jerome para pisar no acelerador para chegar mais rápido na escola. Adrian Macfarlane está lá. Lindo de moto, todo sexy com um monte de piranhas!
- O que tá esperando Adr... a escola nos espera!
Jerome gargalhou e quase bateu o carro. Não que eu ligasse muito para isso, estava tão feliz que nada ia estragar meu dia. Eu, Adrian na escola!
Chegamos lá depois de uma eternidade e todos já estavam a espera. Minha bílis subiu. Procurei Adrian, mas tinha tanta gente que não dava para vê -lo.
- Vão rir de mim. - disse quase chorando. - Eu devia ter pintado o cabelo.
Jerome levantou a sobrancelha em desaprovação.
- Se rirem, são todos tolos. E seu cabelo é lindo, essa cor é perfeita para você.
Ele era um doce, mas um grande mentiroso. Percebi isso quando olhei a multidão encarando a BMW negra, vendo a garota albina no banco de trás com suas roupas negras.
O mordomo saiu e abriu a porta para mim.
- Tenha um ótimo dia Albhyna Price. - Isso mesmo, meu nome é Albhyna , um nome literalmente feito para mim. Nascido para mim.
Saí do carro querendo saber onde Adrian estava para colar nele. Para que pudesse me proteger. Minhas botas negras tocaram o chão e segui em linha reta Até chegar ao estacionamento procurando a moto enorme de Adrian. Todo o tempo aqueles olhares , aqueles olhares inquietos e que quase chegavam a me tocar.
- Soube que ela veio da Transilvânia. - Ouvi alguém sussurrar.
- Ela é muito branca. - ouvi outra pessoa dizer. - Olha só que palmito. - Dessa vez um cara.
Palmito? Nunca tinham me chamado assim. Pelo menos eu Não ia ter câncer de pele.
Andei mais para frente desejando ser a garota infernal. Pronta para devorar um, literalmente.
Logo a frente debaixo de uma arvore estava a moto negra enorme com o desenho de uma caveira de Adrian. Mas nenhum sinal dele. Uma garota loira demais, aparentemente falsa e cheia de brilho labial chegou Até mim com um sorriso maldoso estampado na cara.
- Hey você! A branquela da Transilvânia.! - Ela gritou chamando mais atenção para mim. Ela chegou bem perto e sussurrou, não que importasse no momento.
- Você é mesmo uma vampira?
Antes que eu pudesse dar uma resposta à altura alguém me puxou pelo braço e me puxou para a sombra.
- Você Não pode ficar tanto tempo no sol Albhy. - Adrian disse num sussurro, mas a vadia ouviu por que no mesmo estante ela gritou.
- Vampira!!!! - E a próxima coisa que ouvi foi um ' Porra ' que Adrian gritou.