Glenda apareceu na minha casa e a cada minuto espreitava o lugar para ver se encontrava um caixão ou se eu tinha medo de espelhos.
- Tem muitos espelhos aqui. - Tristeza enchia sua voz.
Fiquei em frente ao espelho e arrumei os toques finais da minha maquiagem. Estava vestida com botas negras de cano longo, uma saia de couro com um corselet vermelho com rosas negras de renda. Os cabelos estavam soltos e uma leve trilha de sangue estava em meu lábio. Eu era uma vampira.
- Eu amo espelhos . Fiz meu pai trazer todos da antiga casa. - Podemos ir? - perguntei e ela deu de ombros se sentindo desconfortavel.
- Adrian não vai?
Tentei não me sentir com ciumes e respondi desfarçando a voz.
- Ele está pegando doces e vai nos encontrar daqui uma hora.
Na verdade Adrian estava esperando ela escolher o lugar para nos encontrar lá.
- Nós vamos no cemiterio da resulreição. - Ela disse antes que perguntasse aonde íamos. Eu quase engoli minha propria lingua.
- Cemiterio? No dia das bruxas? - Eu bufei revirando os olhos - merda santa! Você não sabe que em algumas culturas os mortos saem nesse dia? .
Ela deu de ombros e botou as mãos nos bolsos.
- É o caminho mais curto para ir as casas grandes, onde tem mais doces.
Fingi que acreditei e saímos, mas não antes dela enfiar um pedaço de pão de alho na minha cara.
- To morrendo de fome, você quer? - Ela ofereceu e para a surpresa dela aceitei.
- Manda aí, adoro esses pãezinhos.
Eu Não sei o que aconteceu, mas todo o tempo que mastiguei ela ficou me olhando como se fosse derreter.
- Não se preocupe, quase ninguem é alergico a alho. - Acegurei.
Ela botou as mãos dos bolsos determinadas enquanto mandava um torpedo a Adrian avisando nossa localização.
- Ele estara logo aqui. - Avisei.
Glenda tirou um colar aparentemente de prata com um pingente em forma de crucifixo e me deu. " Ela realmente me acha uma vampira". ótimo pensei. Mais uma maluca.
Ela praticamente pois no meu pescoço e me encarou por um longo e duro momento e quis que Adrian chegasse logo antes que ela tentasse algo perigoso como uma estaca.
- Um presentinho de boas vindas.
- Obrigada - Agradeci morrendo de medo, Adrian tinha razão. Tinha que aprender a me cuidar se não algo critico podia acontecer.
Ao longe ouvi Adrian chegar em sua moto vestido com uma camisa branca e jaqueta e calças de couro. Ele estava um gostoso naquela roupa.
Desculpe a demora. Ele se preparou para me dar um beijo, mas se afastou.
- Está comendo alho por que? - Seu tom não era irritado, mas sim curioso.
- Glenda me deu um pãozinho de alho.
Ele fingiu não ligar e Glenda gritou um " Pensa rapido " jogando uma cruz de madeira para o ar a qual eu peguei.
- Que isso,? Você virou a Buffy e não me avisou? - perguntei com a certeza que ela usaria a maldita estaca.
Sua cara murchou e ela abaixou a cabeça.
- Acreditei que fossem vampiros.... - disse num beicinho infantil.
- Por que pensou nisso? - Adrian fez a pergunta.
-Vocês vieram daquele lugar famoso, onde tem um monte de vampiros e tal....
Adrian e eu reviramos os olhos nos aproximamos dela. Peguei em seu ombro e arranquei o colar do meu pescoço.
- Olha... se você pensou que eramos vampiros você esta completamente.....- Adrian terminou a frase e deu lhe uma.mordida no pescoço e fiz o mesmo. Sugando seu precioso elixir da vida. Seu sangue esquentava meu corpo e o deixava mais forte, pronto para encarar o sol num novo dia.
A soltamos por um breve momento.
- Completamente certa.! - Ele disse com fio de sangue descendo pelos seus lábios e me atrevi a passar a ponta da lingua ali.
Olhei para Glenda e seus olhos ja mortos. Ela foi tão insistente e irritante... se ela Não ficasse tentando nos desmacarar, talvez podiamos ter sido amigas... Mas humanos são sempre assim, talvez por isso Adrian fosse acostumado a trata -los mal.
- Você foi perfeita bebe. Por sorte você não foi afetada pelo crucifixo e pelo alho.
Ele sorriu satisfeito.
- Isso é por que nunca cheguei a drenar alguém.
Adrian me luxou para um beijo insaciavel.
Um vampiro consegue sair no sol desde que sua fome esteja satisfeita. Ela nunca poderia ter me feito mal, uma vez que não era uma vampira completa até me alimentar, diferente de Adrian. Se ele fosse quem comeu o pãozinho.... ele seria pó agora.
- Vamos... seu pai está trabalhando no banco de sangue e estão nos esperando para saquear o caminhão. Voltaremos para casa assim que tivermos o bastante.
Saímos de mãos dadas pelo cemiterio até chegar em sua moto.
Enquanto os humanos pegam seus doces, pegaremos os nossos. ...Como cheguei a dizer antes, um vampiro consegue sair nos sol desde que esteja satisfeito. O plano de meu pai era satisfazer o nosso povo com reservas de sangue para que todos pudessem enfrentar o sol e " poupar " as pessoas de mortes futeis. Afinal... é melhor manter um vivo e obter sangue do que apenas um almoço e nada mais. Meu pai nunca saberia do nosso ".Doces ou Travessuras " Embora todo o vampiro perdesse a virgindade de seus dentes com a mais pura e verdadeira carne.
Colocamos o capacete e ele ligou a moto.
- Sera que um dia faremos amigos que não sejam interreseiros? . - perguntei e ele deu de ombros.
- Não sei. Mas se não der certo da primeira vez .... bem... já sabemos o que fazer com eles.