Capítulo 1- Prazer.

762 80 15
                                    

A intenção é que seja uma short fic, não estabeleci uma quantidade de capítulo ainda mas com certeza, quero que seja menos de 10.
Tô matutando a ideia tem um tempão, então, espero passar um pouco da energia que foi o ppa pra cá porém dentro do nosso universo simoraya.

Aviso: Não irei explorar muito a relação delas com a família, o foco é elas e principalmente pela família não ter pessoas públicas mas nesse primeiro capítulo para um contexto, terá um pouco por parte da Soraya.
(sem cancelamento)


— Recebi uma ligação está manhã, Bê — Soraya se sentou a mesa pro café da manhã, junto com o filho.

— Pra você chegar assim, suponho que seja de trabalho, certo? — Perguntou.

— Sim. Me convocaram pra ser a fotógrafa oficial do Plano Plurianual. Você sabe que o governo quer promover plenárias participativas, então, me chamaram pra compor a equipe. — Colocou um pouco de café na xícara. — Eu terei que rodar o Brasil, pra cada plenária. Eu queria saber se...

— Mãe. — Bernado tomou o rumo da conversa, interrompendo a mais velha. — Eu estou mais do que grandinho, estou bem com isso e na verdade, estou feliz que tenha sido você a escolha pra esse trabalho.

Soraya procurou pela mão do filho que estava repousada na mesa, deixou um aperto forte acompanhado de um sorriso carregado de ternura.

— As vezes eu penso que...

— Não pense — Riu. — Só vai. Depois do papai, você ficou tanto tempo parada, bom ver que está de volta.

Depois do divórcio com César, Soraya por muito tempo preferiu se isolar por mais que soubesse que não era o certo a se fazer. Largou os trabalhos e viagens por tal, passou a se manter apenas com a renda do motel que possuía. Não tinha sido um término conturbado, a escolha partiu dela e depois de longas conversas, passou a ser acolhida por ambas as partes.

Por momentos após separação, pensou que poderia estar vivendo uma crise de idade mas logo tal ideia absurda passou a ser descriminada por si própria. O casamento com César por muito anos tinha lhe dado vida, lhe deu Bernardo e aprendizados que carregaria consigo pro resto da vida mas chegou a um ponto que não o enxergava mais, não se enxergava e a paixão não queimava.

Entendeu, que alguém precisava sair do comodismo e dar aquele passo, então, foi o que ela fez. O tempo afastada lhe trouxe refresco a mente, ao corpo e poderia dizer que a ela mesma, passou-se a se reconhecer novamente como outra mulher e agora se sentia pronta pra novas experiências.

— Seu apoio é importante, então, muito obrigada por isso, meu amor. — Piscou. — Participarei da reunião geral, hoje mesmo pra entendermos e recebermos calendário.

— Oficialmente, a mulher, está de volta. — Benardo sorriu. — Mas rápido assim?

— Pelo que entendi, é algo que está tudo certo, só falta a equipe ser fechada. Talvez, eu seja uma das últimas a se juntar com eles.

— Então, faça isso.

[...]

Era por volta das duas da tarde quando soraya saiu de casa rumo a esplanada onde aconteceria a reunião, uma hora adianta. Escolheu sair mais cedo, pra não arriscar com o trânsito de Brasília. Optou por uma roupa preta pra não dar margem pra erros, estava uma tarde fria, estava com um terninho.

No carro, colocou para tocar "Vilarejo". Se perdia de tanto encanto ouvindo a voz de Marisa enquanto dirigia por Brasília, apreciando a beleza daquela cidade. Era um combo que pra ela, se completava.

Não demorou muito pra chegar, ainda estava no tempo. Avisou pra onde iria e sua finalidade e logo foi autorizada, recebeu um crachá com seu nome e então entrou em direção a sala de reuniões. Ao se aproximar pode ouvir vozes, bateu na porta de forma calma, logo ouvindo uma permissão pra adentrar no local.

— Boa tarde. — Cumprimentou. Passou o olhar pela sala um tanto quanto grande, alguns rostos pra ela, não era desconhecidos.

— Ei, soraya. — Era João.

— Quanto tempo, não é? Nós vivemos pessoalmente, ainda era casada. — Soraya logo abriu os braços para um abraço. — Como você está?

A loira o conhecera em uma das exposições que prometeu há alguns anos. A conversa fluiu desde o primeiro instante, desde então, mantiveram contato. Uma amizade nasceu entre os dois, passaram a nutrir um certo carinho que lhes deu até abertura para confidenciar momentos um pata o outro.

— Estou ótimo. — Saiu do abraço. — Sabia que seria convocada mas não poderia ser o fofoqueiro, fiquei esperando.

— Você deu meu nome?

— Coloquei o seu dentre os outros da lista mas bom, a escolha foi unânime. Todos gostam do seu trabalho, você sabe, é um das melhores no ramo.

— Obriga...

Antes que pudesse proferir seu agradecimento, a porta se abriu agora entrando, quem faltava, os ministros. Primeiro entrou, Márcio e logo em seguida, Simone tebet. Soraya conhecia bem ambos, mas seu foco recaiu sobre a morena que entrara com um pose impecável.

Era difícil não conhecê-la, a loira certamente fazia parte dos que conheciam. Nunca haviam se encontrado pessoalmente apesar de tantas coincidência que haviam entre elas que ia das inicias dos nomes delas até o estado que nasceram.

— Boa tarde. — A voz da morena preencheu a sala. — Vamos nos sentar? Todos aqui certo?

Os olhos da loira mais uma vez correram pela sala enquanto ouvia a morena falar sobre algumas coisas gerais do projeto. Os olhos então se encontraram, com isso a ministra balançou a cabeça cordialmente.

— Thronicke, posso dizer que é um imenso prazer tê-la aqui conosco. Ficamos felizes com a sua presença, sei que fará um bom trabalho.

— Eu que agradeço pela convocação. Espero entregar um bom trabalho e claro...bom,  no que eu puder integrar.

Soraya se condenou por claramente se mostrar estar nervosa e pior, por motivos que ela mesma nem saberia explicar. Depois do momento que ditou como "momento vergonha", se contentou apenas a ouvir tudo o que era falado, como funcionaria, o que se esperava do projeto.

Após uma hora, Márcio quem determinou o termino do encontro. Colocou mais uma vez o quanto estava animado pro início dessa tuor, principalmente, que era pra dar voz ao povo. Queriam mostrar situações reais.

Antes que pudesse pegar seu rumo para ir embora, a loira foi impedida.

— Me desculpa. — Simone soltou um riso anasalado. — Só queria me apresentar direito.

— Oh, tudo bem.  — Soraya entendeu a mão.— Soraya Thronicke.

— Um nome forte — Sorriu, agarrando a mão da outra mulher. — Bom, Simone Nassar Tebet.

— Você, dispensa apresentações, ministra.

— Ah, magina. — Riu. — E mais uma vez, vai ser um prazer tê-la conosco.

PPA - Short fic Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora