Onde Liah Le'blanc compra metade de um cassino em Los Angeles e tem de se mudar para L.A ....ela só não esperava que iria se apaixonar...
Liah uma mulher desejada que ocupa a mente com todas as distrações possíveis para não pensar nas palavras horrí...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Liah Le'blanc
Vegas é a merda de uma frigideira.
Não dá para me vestir como a empresária muitíssima elegante que sou, nesse calor infernal. E infelizmente estou quase derretendo no blazer, apenas a saia que ia até alguns centímetros para baixo das coxas, me fornecia algum alívio. Ao menos o meu colo estava livre, acho que me mataria nesse calor se estivesse usando uma blusa de gola alta.
O cheiro de baunilha, café e caramelo acaricia as minhas narinas enquanto dígito no notebook. Gosto dessa cafeteira, fica á dois quarteirões do cassino e é tranquila. Já até fiz amizade com a balconista, Val.
Estava tão focada em digitar as planilhas que nem percebi que a o lugar estava fechando.
— Val desculpe!- murmurei fechando as abas do notebook e o desligando. Me levantei depressa, de um modo que minha saia quase teria ficado para trás.
— Imagina! Pode ficar se quiser, tenho algumas coisas para fazer aqui ainda - ela se explicou ajeitando a cadeira em cima da mesa. Seus cachos escuros oscilaram com o movimento ao desfazer o coque, a luz amarelada iluminava sua pele magnífica. Como se toda a luz quisesse inclinar para ela. — Quer mais um café?
Hesitei mais um pouco. Não gosto da sensação de estar atrapalhando. Mas Val faz com que eu me sinta á vontade .
— Ainda tem aquele vinho que você disse que provavelmente era mais velho a sua avó?- perguntei rindo fraco enquanto me sentava novamente.
— Ah, tem sim!- ela riu. O sorriso tão brilhante quando o piercing em seu septo. Val limpou o balcão rapidamente e trouxe duas taças e o vinho tão falado.
— Que milagre, vai beber comigo?- brinquei. Val exalava simpatia e confiança. Ela se sentou e encheu as taças com o líquido carmim.
— Aproveitando meu último dia aqui.- ela levantou as sobrancelhas, franzi os olhos para ela — Pedi conta hoje cedo.
— Ah, entendo.- ela deu um grande gole do vinho, e á acompanhei.
— Eu provavelmente vou me odiar amanhã de manhã por ter me demitido quando eu não tenho nem onde cair morta.- meu peito se apertou um pouquinho com o desespero dela disfarçado de sarcasmo.
Eu não tinha o que falar. Por que eu nunca senti na pele o que ela está passando agora. Eu tive sim, sorte de ter vindo de uma família com dinheiro e um legado á ser seguido. Não que, eu não tenha feito por merecer tudo o que tenho, mas eu nunca poderia dizer um " Eu te entendo" para ela.