🃏Capítulo.3 - ➶-͙˚ ༘✶

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Sexta-feira - 19 de Abril - 09:49

Lynette olhou para seu irmão mais uma vez, suas costas estavam limpas do sangue, deixando escancarado os cortes e hematomas que variam de um verde escuro a roxo.

— Desculpa. — Ela sussurrou com lágrimas em seus olhos.

Lyney não respondeu, afinal ele estava desmaiado, mas Lynette sabia o que ele falaria caso estivesse acordado.

"Isso não é sua culpa, eu deveria ter sido mais cuidadoso."

Ela levantou a cabeça com a fala, por um momento ela acreditou que realmente fosse Lyney que teria dito, mas não. Lynette ao perceber isso, soltou um suspiro e se levantou da cama.

No banheiro, ela vai até onde seu irmão escondeu a pomada anteriormente, a qual havia sido usada nela e em Freminet na noite anterior. Dentre os três, Lyney sempre era o mais cuidadoso para não metê-los em uma situação problemática, doía o coração de sua irmã vê-lo em tal estado.

Toc, Toc, Toc... Alguém bateu na porta.

Lynette parou e quase deixou a pomada cair, alguém estava ali, alguém poderia ser Alice.

A garota hesitou em chegar perto da porta, poderia ser uma das criadas de Alice, elas nunca foram gentis. Mas se a porta não fosse aberta era mais provável que fosse arrombada.

Ainda hesitante, Lynette abriu a porta e ali estava a mulher.

— D-Diretora!? — A criança gritou dando alguns passos desesperados para trás.

Os olhos vermelhos feito sangue de Arlequino atravessaram o quarto parando sobre o menino.

— Como o garoto está? — Ela perguntou sem expressar emoção.

Arlequino não esperava pela resposta e entrou no quarto, não era como se Lynette pudesse para-lá e a garota já estava amedrontada demais para se mexer enquanto passava por ela.

A mulher encara a cama suja de sangue, onde Lyney dormia, e depois para a irmã do garoto para então se sentar na cama menor ao lado.

— Menina, eu quero que faça algo comigo. — Arlequino fala.

'O que?'

— Eu vou me livrar da vadia da Alice, ela não se contentou em apenas vender drogas no orfanato, mas também se atreveu a tocar nas minhas mercadorias.

Lynette a diretora enquanto encarava Lyney, quase como se falasse dele.

— O que você vai fazer com ela? — Ela perguntou hesitante.

— Eu não, você, você não quer se vingar pelo o que ela fez com seu irmão?

Arlequino e Lynette não jogavam no mesmo time, mas, apesar disso, ela não havia achado a pior das ideias, se vingar de quem torturou a unica pessoa que a ajudou, que se importou, que cuidou dela e de Freminet incondicionalmente. Lyney foi o único que esteve ao seu lado por tanto tempo e uma das poucas pessoas que valia a pena proteger.

— No que está pensando? — Lynette perguntou com um tom não feliz, nem triste, apenas vazio.

Os lábios da mulher se contorceram em um sorriso.

— Por que não matá-la?

Se essa fosse a escolha da diretora, Lynette não iria contra, afinal depois de tudo que Alice fez com tantas crianças, pelo o que fez com Lyney, morte é o mínimo que ela merece

— Certo.

— Há algo que queira perguntar?

— Por que está me dando essa chance?

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