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• David 🥃

— Acho que tô apaixonado. — ele se jogou no sofá e eu ri negando com a cabeça — Ta rindo de que, vagabundo? — jogou a almofada em mim e eu desviei.

— Pensei que já tava nítido isso, tem mais de dois meses eu escutando o nome de Sther nessa casa, trabalho, empresa e por ai vai. — ele revirou os olhos.

— E a Kiara? Gostou dela? — ele me perguntou com uma cara de curioso e eu olhei pra meu pulso olhando pro relógio.

— Você é chato, sabia? — olhei pra ele que continha um sorriso de pervertido no rosto — Minha mãe voltou da viagem, vou visitá-la. Resolve os negócios da empresa pra mim, namoral.

— Eu sempre resolvo. — deitou mais ainda no sofá — Ver se aumenta a porra do meu salário. — peguei as chaves na mesa e cruzei os braços.

— Você é rico, Chang. — ele me olhou dando os ombros.

— Independente irmão. — ri fraco.

Sai da casa do Chang, entrei no carro dando a partida e fui para casa de minha mãe, faz alguns dias que ela voltou de viagem e eu não fui visitá-la, com certeza eu iria ouvir todas as reclamações e uns dramas a mais por causa disso. Nem demorei muito pra chegar, aliás, vim dirigindo que nem louco, parei na frente da mansão, sai do carro cumprimentando o pessoal que trabalha aqui.

— Meu querido filho!!! — olhei para porta da mansão vendo minha mãe com seus cabelos loiros e olhos azuis, vestido um dos seus vestidos favoritos da cor de vinho e seu salto baixo preto — Que saudades de você!

Andei em direção a ela que estava com os braços abertos esperando por mim, abracei ela com força sentindo o aconchego dela e o cheiro de mãe.

— Senti sua falta! — beijei a testa dela — Como está o vovô e a vovó? — ela agarrou meu braço.

— Ora, melhores do que eu. — ela riu e eu sorri — Inclusive, eles estão aqui, estão esperando por você! — arregalei os olhos.

— Por que não me mandou mensagem dizendo que eles vinham? — passei a mão no rosto — Eu poderia ter arrumado as coisas na empresa e os relató-

— Está tudo bem. — fez carinho em minha mão — Sei que seu avô é rígido em relação a empresa e a você, sua criação não foi diferente da minha e dos meus irmãos. Acredito que o pai do meu pai era assim também.

Sempre achei que meu avô me tratava diferente dos outros porque sou adotado, mas minha mãe sempre fez eu perceber que ele era assim com todos, seu comportamento rígido e severo pra algo ser perfeito era horrível. Quando eu tinha assumido a empresa no lugar dos irmãos da minha mãe, senti que isso tinha piorado e pra ficar mais horrível minha situação, começaram a me odiar por causa disso.

Herdei a empresa com vinte anos, posso dizer que os três primeiros anos foram um inferno por causa dos irmãos da minha mãe me sabotando constantemente, meu avô nunca desconfiou de mim mas parecia que ele estava me testando deixando isso acontecer. Nunca entendi os motivos dele pra isso tudo, e nem queria entender.

Senti minha mãe me puxando pra dentro da casa enorme, avistei eles sentados no sofá grande de couro, nos aproximamos deles e vi minha vó abri um sorriso.

— Senhor e senhora França! — me curvei um pouco e olhei pro meu avô que ja estava olhando pra mim.

— Meu neto! — ouvi meu avô falando e eu fiquei um pouco em choque — Bom revê-lo. — sorri fraco.

— Meu neto favorito! — olhei em direção a minha avó vendo ela se levantar e andando em minha direção — Está com fome? Venha comer, temos muito que conversar! — agarrou meu braço em direção a mesa de jantar e olhei pra minha mãe que sorria.

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— Venha cá, você não tem casa não, Sther? — disse assim que passei pela porta da casa de Chang.

— Vai se fuder, chato! — eu ri e ela me deu dedo do meio.

— Chang! — falei alto — Reunião em família e de negócios, meu avô veio nessa viagem. — ele apareceu arregalando os olhos.

— Puta que me pariu! — passou a mão no rosto indo pros cabelos e depois colocou a mão na cintura — Hoje? Agora? — neguei — Susto da porra, irmão.

— Mas é amanhã. — me sentei no sofá e olhei pra Sther que me olhava — O que foi, louca?

— Como foi a noite com a Kiki? — ela me perguntou com cara de curiosa.

— Jantamos, conversamos e depois levei ela pra casa. — ela levantou uma das sobrancelhas me encarando — Não tô mentindo.

— Não se interessou por ela? — cruzou os braços.

Kiara tinha me chamado a atenção, muita atenção mas estava receoso demais pra essas coisas de relacionamento ou até senti um pouquinho de sentimentos.

— Não. — peguei meu celular no bolso que estava vibrando com as mensagens da minha mãe — Mudanças de planos, Chang. — me levantei do sofá.

— Não fode. — fez drama e eu concordei — Filho da puta.

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⏰ Última atualização: 5 hours ago ⏰

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