Embora o ambiente da Fórmula 1 não fosse o lugar mais machista no mundo dos esportes, ainda sim era difícil ser mulher e trabalhar nesse meio, ainda mais como engenheira mecânica.
Porém, Allana, nunca abaixou a cabeça pra ninguém além de seus pais...
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• GP de Algarve, Portugal • 02/05/2021 | Autora 💐
Segurou a mão de Tutu ao descer do carro, no seu tablet tocava uma música do seu anime — desenhos asiáticos, japoneses — favorito. É um evento canônico! Toda criança já teve Naruto ou Dragon Ball como favorito.
Allana, além de lidar com os desenhos que... céus, já havia tentando entender algo e falhou miseravelmente na missão. Arthur escutava raps que faziam sobre os personagens, e como um bom filho, fazia sua mãe decorar todas elas.
— Mesmo assim eu morreria para defender a vila, quebraria regra pelos meus amigos… — se viu cantando junto com a criança. Era viciante, embora não entendesse nada.
Lewis aprendeu boas palavras em português graças a essas músicas que Arthur colocava. Ainda chamou um dos cantores de Eminem brasileiro.
— Bom dia! — Passou a credencial de Arthur e depois a sua, já correndo para o Motorhome.
Nem de longe estava atrasada, mas, Ada teve problemas e se atrasaria um pouco para chegar no paddock.
Poderia falar com Olivia para quebrar esse galho, mas Olivia era uma Schumacher, estava dando completo apoio ao seu irmão que acabava de ingressar na fórmula um pela Haas, somente cumprindo suas obrigações com Leclerc por ser seu fisioterapeuta e personal.
Até mesmo Allana estava contente com a conquista do pequeno Schumacher. Ele merecia muitas coisas e correr como "titular" — como falam os apaixonados por futebol — era uma dessas coisas.
Passou pelo motorhome da Ferrari e acenou vendo alguns antigos companheiros de equipe. Parou seus passos quando chegou no seu mais novo motorhome.
— Ok, filhão, as regras mudaram um pouco. A minha Ada vai se atrasar um pouco e a Tia Oliveira não vai poder te acompanhar hoje. Vamos construir uma nova adaptação, fechou? — Se agachou e segurou os ombros do filho, que apenas acenava com a cabeça.
— Fechou!
— Conferência da mochila — Arthur virou de costas.
Água, ok. Lanches, ok. Abafadores, ok. Fones para assistir, ok. Boneco do Ayrton e do Lewis, ok. Carregador portátil caso o tablet descarregue, ok. Roupas limpas, ok. Toalhinha com o nome do Jules, ok. Está tudo ok! — pensou Allana.
— Confere. Coloque os abafadores quando eu mandar e silêncio quando eu pedir. Se ficar com medo ou assustado, sabe como funciona...
— Dois puxões na blusa da mamãe.
— Isso aí! Eu te amo, Tutu! — Abraçou o filho, que retribuiu-lhe agarrando com os bracinhos levemente gordinhos.
— Também amo você, mamãe! — Deram o clássico selinho de mãe e filho.