CAPÍTULO ÚNICO

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      Na noite nebulosa, a floresta sussurrava segredos sombrios, os arbustos retorcidos no entanto garras ávidas por presas indefesas

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      Na noite nebulosa, a floresta sussurrava segredos sombrios, os arbustos retorcidos no entanto garras ávidas por presas indefesas. Os olhos vermelhos das criaturas noturnas brilhavam como brasas ardentes, observando cada passo dos pais de Polegar e seus irmãos, atormentados pelas dificuldades financeiras, chegaram a uma terrível decisão: abandonar os próprios filhos enquanto se aproximavam do coração sombrio da floresta.

O vento uivava com uma melodia sinistra, como se fosse o lamento das almas perdidas naquela floresta maldita. As árvores, distorcidas e retorcidas, rangiam em uma dança macabra, como espectros dançando ao som de uma música de terror. Os pais, com o peito pesando como chumbo, pararam em um claro cercado por árvores que pareciam se contorcer como mãos esqueléticas ansiosas para agarrar suas presas. Olharam para seus filhos inocentes, cujos olhos eram janelas para um medo profundo e insondável. As lágrimas escorriam pelo rosto da mãe, e o pai tentava em vão esconder a tristeza que se refletia em seus olhos, como se eles soubessem que estavam prestes a selar um pacto com o próprio demônio.

— Minha querida, não podemos ignorar as dificuldades que enfrentamos. A situação financeira está cada vez pior, e temo pela vida de nossos filhos. — sussurrou o pai, lutando para encontrar palavras que justificassem sua terrível decisão.

— Eu sei, meu amor, também estou preocupada. Mas abandoná-los nesta floresta sombria? É uma decisão tão desumana... — disse a mãe, com a voz trêmula de desespero, enquanto as lágrimas manchavam seu rosto.

— Não vejo outra saída. Pode ser a única chance de sobrevivência para eles. Na floresta, talvez encontrem abrigo ou alguém que os ajude. — tentou explicar, suas palavras trazendo uma aura de desespero, como se estivesse tentando convencer a si mesma de que essa era a única opção, mesmo que seu coração se partisse em pedaços.

Ambos se aproximaram dos três filhos, com passos vacilantes, o coração pesando como chumbo em seus peitos. Cada um deles, os filhos, olhava para os pais com uma mistura de amor e confiança, como se dependessem totalmente deles para proteção e segurança. O pequeno Polegar, o caçula, com seus olhos inocentes, estendeu a mão trêmula para tocar o rosto da mãe, como se estivesse buscando uma âncora de esperança em um oceano de medo e incerteza. A mãe sentiu a mãozinha do filho em seu rosto, um toque suave e frágil que a fez tremer, pois sabia que em breve teria que soltar esse pequeno tesouro em meio à escuridão da floresta sinistra.

— E se algo terrível acontecer? Eles são tão pequenos e instáveis. — murmurou a mãe, dando a mão para Polegar.

— Eu entendo seu medo, querida. Mas não podemos garantir que ficando conosco a situação será melhor. Eles merecem uma chance de escapar dessa vida difícil. — argumentou o pai, engolindo a dor em sua garganta.

A mãe olhou para os filhos novamente, o coração partido em mil pedaços.

— Talvez... Mas como podemos abandoná-los? Eles confiam em nós e os amamos.

POLEGAR: UMA HISTÓRIA OBSCURA E ARREPIANTEOnde histórias criam vida. Descubra agora