Tempo Solitário

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No compasso lento do relógio solitário,
O Tempo vagueia pelo infinito caminhar.
Cansado, estressado e sem destino apropriado,
Ele busca alguém com quem desabafar.

Oh, Tempo infindável, alma sozinha,
Em cada segundo, a tristeza transparece.
Sem alguém para compartilhar a rotina,
A solidão em teu peito prevalece.

Nas sombras da vida, triste é tua sina,
Apenas ecoando pelos corredores vazios.
Ninguém compreende o peso da tua ruína,
O fardo que carregas, tão árduo e sombrio.

Caminhas pelas horas, pelos dias que passam,
Mas ninguém possui tempo para ti.
As conversas se perdem, as palavras se desfazem,
E assim, tua angústia só se amplia, a ferir.

Ah, Tempo solitário, como desejo escutar,
As histórias guardadas em teu peito cansado.
Mas nenhum ouvido atento está a me encantar,
E minha solidão ecoa, triste e desamparado.

Em mim, tua tristeza encontra eco,
Pois também me sinto perdido e tão sós.
Duas almas em busca de um acalento,
Na vastidão do Tempo, que nos faz tão feroz.

Que nossas mágoas se encontrem, querido Tempo,
E encontremos conforto em nosso andar.
Entrelaçados na tristeza, lado a lado, a tímido passo.
Fazendo um só, esse instante amargo e vulgar.

↢ ❦ ↣

➙ Créditos da capa: ???
➙ Poema autoral, não permito ultilizar ele sem créditos.
➙ 210 palavras.

Obrigada por ler. ʚĭɞ

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