25.

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eu fiquei quase três horas esperando Aiden voltar, pensei em arrumar minhas coisas e ir embora, poupar mais sofrimento, mas eu jurei que nunca mais faria isso e eu jamais deixaria ele depois de tudo que acabou de acontecer. eu vou lutar por ele

estava mais que na hora de encarar as merdas que a vida jogava em minha cara, já fugi demais, eu sou uma adulta agora e preciso parar de agir feito uma criança covarde que tem medo até da própria sombra e foi isso que fiz, limpei a bagunça de cacos de vidro que tinha espalhado por toda a sala e quando terminei me sentei no sofá esperando ansiosamente enquanto eu roia a unha sem parar sem tirar os olhos da porta. será que estão conversando? por isso tanta demora? ou estão brigando? Eric vai querer ouvir Aiden? Deus são tantas perguntas que estou quase enlouquecendo completamente

quando a campainha toca minutos mais tarde, estranho um pouco, mas talvez Aiden tenha esquecido a chave em casa. me levanto do sofá caminhando até a porta de entrada agarrando a maçaneta esperando receber Aiden do outro lado mas tudo que recebo é um tapa, ardido e duro no meu rosto bem onde tinha a ferida do caco de vidro que Eric arrebentou no chão, meu rosto é jogado para o lado com o impacto

-sua vagabunda- grita a pessoa do outro lado da porta que se quer consegui identificar ainda. sinto uma torturar repentina quando cambaleio para trás tentando me situar e ver quem é minha agressora- vem aqui sua puta, eu não terminei com você- sinto suas mãos agarrar a minha camiseta me puxando para perto de novo

quando minha visão volta ao normal posso ver Georgia em minha frente, seu rosto vermelho de raiva enquanto levanta sua outra mão me pegando pelos cabelos puxando-os com força, por um instante fico sem reação mas quando eu estou prestes a levantar minhas mãos para me defender ela me joga contra a parede agarrando meu pescoço me mantendo grudada ali, minha cabeça bate forte contra o duro da parede, tudo começa a girar mas me forço a voltar ao normal agarrando seus cabelos castanhos puxando-os para tentar tira a louca de cima de mim, vendo o tufo que tiro de sua cabeça

mas é como se eu não fizesse nada, ela nem se move do lugar, seu tamanho se sobressaindo sobre minha altura baixa, ela é mais forte que eu. merda se eu não pensar rápido ela vai arrebentar minha cabeça na parede, suas unhas pontudas cravada em meu pescoço enquanto o esmaga e desfere mais e mais tapas em meu rosto e socos na lateral do meu corpo, com seus anéis cutucando minha costela dolorosamente, intercalando tapas e soco incansávelmente, enquanto me xingava e dizia coisas que eu mal conseguia processar direito pela tontura que tomava meu corpo. não conseguia respirar seu aperto em meu pescoço impedindo o oxigênio de circular meu corpo, minhas mãos tentava agarrar alguma parte de seu corpo mas tudo parecia ser em vão

num movimento rápido, desajeitado e dessesperado acerto meu punho fechado em sua garganta a fim de me libertar de seu ataque, e da certo porque a mulher começa a tossir desesperadamente como se estivesse engasgada e finalmente soltando meu pescoço e cessando os tapas e socos, se afastando de mim, puxo o ar para meus pulmões finalmente conseguindo respirar

corro desesperada para escada subindo-as para tentar me trancar no quarto de Aiden e conseguir chamar a polícia, mas antes que eu pudesse chagar no último degrau do topo da escada sou puxada pela minha camiseta, meu corpo indo para trás na direção do puxão, perco o equilíbrio e meu pé torce dolorosamente enquanto caio escada a baixo, sentindo todo meu corpo bater contra os degraus, a dor que sinto em minhas costelas é dilacerante, parece que ficou uma eternidade rolando escada abaixo até que finalmente atinjo o chão e sinto minha cabeça bater contra o piso frio e duro

minha visão é turva, meu corpo todo dói quando me mecho tentando me levantar falhando inutilmente no processo, até respirar é doloroso, vejo quando Georgia desce as escadas lentamente, sua raiva é gigante quando ela chega até mim parando em frente ao meu corpo dolorido

-eu disse para você ficar longe do que é meu sua vagabunda- ela dá dois chutes em meu estômago- olha só para você patetica- diz antes de passar por cima do meu corpo e sair porta a fora como se nada tivesse acontecido.

tento mais uma vez me levantar usando toda minha energia e força que ainda me resta, mas tudo dói e antes que eu possa tentar mais uma vez sair do chão tudo fica escuro e a dor que antes sentia queimar meu corpo todo agora não é nada. tudo que sinto agora é apenas escuridão e paz.

SEM PALAVRAS para esse capítulo, que odiooooo dessa mulher lkkkkkkkk eu amei e odiei escrever ele.
comentem o que acharam e não se esqueçam de favoritar
beijosss 💜

o pai do meu namorado Onde histórias criam vida. Descubra agora