1. Sonho e realidade

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"Ser como uma fagulha que anseia causar o incêndio, uma mudança necessária para quem tem o talento, mas não brilha o suficiente. Fogo efêmero, história que há de ser esquecida, mas que tem o poder de mudar o mundo."

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Esta história começa em Feybel, uma ilhota de pescadores com certa magia radiando pelos olhos de uma certa criança. Entre árvores e galhos de uma floresta não muito densa, se observa um garotinho de apenas 12 anos, usa um chapéu de pescador, um manto azul que bate em sua cintura, uma calça marrom e um chinelo de mesma cor. O rapaz mantém um sorriso travesso enquanto habilmente salta de galho em galho, repetindo estes processos rotineiros em uma clássica brincadeira de pega-pega.

Seu caminho é traçado na inclinação de uma colina, subindo cada vez mais alto até chegar em seu pico, lhe sendo concedida uma visão panorâmica de toda a floresta. olha para um lado, olha para o outro, à sua direita apenas grama, em sua esquerda apenas árvores. Fica convencido, pois acabara de encontrar o lugar ideal.

— Haha! Esse lugar é perfeito! Posso ver tudo daqui. — Alegre e pomposo, o menino observa cada canto do vívido campo verdejante enquanto simula um binóculo com as mãos.

Tanto se distrai com seu próprio júbilo, que é incapaz de perceber rápida aproximação e presença de outra pessoa por trás. Ele se ocupa demais consigo mesmo e, desta forma, não sente a clara e evidente agitação nas folhas chegando cada vez mais perto. Entre todo o verde da vegetação surge uma menina, que acompanhara seu amigo no mesmo rastro até o fatídico momento. Ela não mede forças ao acertá-lo com um tapa exageradamente forte nas costas enquanto entoa sua vitória: "Te peguei!"

Tamanho susto é plausível para o que acontece logo em seguida: o menino perde seu equilíbrio, de modo a ter um pequeno espasmo para frente assim que sente a palma da menina marcando suas costas. Ele se desajeita e cai rapidamente... não passa do chão, como é previsto.

— Ei, Joyrine! Não precisa bater tão forte! Isso é pega-pega, só tocar já tá bom! - O menino levanta a voz contra sua algoz que atende pelo nome Joyrine, fazendo isso enquanto permanece se lamentando no chão com uma cara emburrada. Felizmente, a grama havia amortecido sua queda.

— Hehe... calma Yondo, não vai me dizer que um tapinha desses te machucou? Céus, que bebezão! — A garota debocha, se sentando sobre o galho que usa de apoio. Seus pequenos gestos de alegria denunciando como realmente levava a sério algo que deveria ser tão banal.

Cabelo loiro, camisa branca de manga longa e shorts marrom, estas são as características que definem sua aparência, ao mesmo tempo que não dizem respeito a sua personalidade muitas vezes rude e mal educada. Para Yondo, uma amiga indispensável, afinal eram as únicas crianças naquele ilhéu sem futuro.

— Hmph... Você vai ver só. Não pense que vou pegar leve só porque é garota! — Yondo se esbraveja no chão, tendo sua atitude vista como chilique aos olhos da garota. O rapaz era teimoso e isso todo mundo já sabia, poderia ser destacada sua qualidade se não fosse tão inconsequente.

O jovem bate a poeira de suas roupas ao se levantar, se fazendo quieto e pensativo enquanto matura algumas de suas possibilidades para uma rápida aproximação. Joyrine por outro lado não se convence desta lábia que levanta o rapaz, e deste modo se enche de convicção em acabar com aquela prepotência. A dominância no pega-pega era sua, em sua cabeça era certo que Yondo não poderia mudar este fato tão engraçado.

— Vai ficar aí esperando? Pessoalmente, eu começaria a correr. Fufufu~ — Yondo diz de forma convencida, iniciando uma série de alongamentos antes de realmente partir para a ação. Jovenzinho adorável ou enfadonho, ele poderia bambear para os dois lados.

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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Yondo viajanteOnde histórias criam vida. Descubra agora