this is gonna take me down

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Não acredito em destino, karma, signos ou qualquer coisa do tipo, mas eu acredito do fundo do meu coração, que Bakugou Katsuki foi criado para transformar minha vida em um inferno.

Se Deus existe, ele colocou Bakugou na minha vida para compensar todas as coisas boas que já tinham acontecido comigo. Um recado terrível de que a vida não pode ser perfeita e a gente não pode ter tudo o que quer.

E se você está se perguntando de quem diabos eu estou falando, vou explicar brevemente:

Bakugou é alto, e lindo como o diabo. Apesar de ser a pior pessoa que eu já conheci, ele também é o melhor no que faz.

No momento em que a gente se conheceu, eu já conseguia ver como nossa relação iria terminar.

Nós éramos colegas na faculdade, Bakugou era simplesmente detestável e desde o primeiro dia de aula, brigamos como cão e gato. Era uma rivalidade implacável e aparentemente interminável.

Conseguimos um emprego na mesma empresa, por sorte, ele trabalhava longe o suficiente de mim para que eu só o visse durante as reuniões ou no refeitório durante o almoço. Mas isso não impedia que a nossa trocação de farpas continuasse.

Mas as coisas ficaram ainda piores em uma terrível sexta-feira.


          Nas últimas duas semanas, meu chefe de departamento, Aizawa, decidiu que nossos relatórios estavam sendo pouco esclarecedores. Segundo ele, eu e meus colegas de departamento poderíamos ser mais específicos com os dados que apresentamos nas reuniões semanais, e por isso, a gente deveria refazer os relatórios do último semestre.

Era muito trabalho, muitas horas extra e muito estresse. Eu e meus colegas estávamos vivendo à base de café e energético.

Aquela sexta tinha sido mais um daqueles dias terríveis e impiedosos. Estava chovendo, e eu cheguei no escritório com as meias molhadas. A internet estava instável e toda hora eu precisava atualizar a página e perder parte do meu progresso.

Já estava prestes a explodir de frustração quando, Midoriya, pediu um favor urgente, que deveria ter sido pedido uma semana antes. Ele não entendeu quando eu fiquei vermelha de raiva e fui super grossa. Se minha colega, Ochako, não tivesse se intrometido, eu provavelmente teria sido muito rude.

Deixei minha mesa e fui para o banheiro, minha expressão e compostura estavam tão ameaçadores que os meus colegas abriram espaço quando eu passava. Ochako estava me seguindo.

— Ei S/N, relaxa, eu ajudo você com essa tarefa, sabe como as coisas estão corridas para todo mundo, não foi só com a gente que o Aizawa pegou pesado.

— Você não vai defender o Midoriya para mim, não, né? — Me virei para olhar para ela, quase na porta do banheiro.

— S/N, por favor, eu não estou defendendo ninguém, só quero o que é melhor para todos nós.

Entrei no banheiro, caminhando até a pia e apoiando minhas mãos. Percebi que minhas bochechas estavam vermelhas no meu reflexo no espelho. Precisava me acalmar.

Observei Ochako se aproximar do espelho e tirar um hidratante labial do bolso, passando na boca distraidamente. Suavizei minha expressão, tinha sido um pouco dura demais com ela, descontando minha frustração em alguém que não tinha culpa.

— Você não precisa fazer a tarefa que Midoriya pediu para mim, Ochako, eu consigo me virar.

— Tudo bem, S/N, vou conversar com Midoriya para explicar que você não quis ser rude.

Wɪʟᴅᴇsᴛ Dʀᴇᴀᴍs | Bakugou ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora