heaven can't help me now

4.3K 302 467
                                    




Durante o final de semana, eu pensei várias vezes sobre como o meu "encontro" com Bakugou iria se desenrolar. Isso porque eu sou bem ansiosa, e porque parecia que seria o tipo de acontecimento que iria me seguir pelo resto da vida no formato de memórias.

Minha quase certeza é que eu estava prestes a cometer um erro terrível, mas minha certeza absoluta é de que não haveria nada que me impedisse de cometer aquele erro terrível.

Ele tinha sido bem direto sobre querer me foder, o que me levava a acreditar que essa seria a única coisa que faríamos quando tivéssemos a oportunidade de ficar sozinhos em um lugar apropriado.

E sendo sincera, era só isso que eu queria. No final das contas, eu odiava Bakugou. Ele era um serzinho desprezível que tinha um senso de superioridade irritante, comportamento desonesto e arrogante que tirava qualquer um do sério.

A única coisa que eu gostaria de aproveitar dele, era seu corpo perfeito e a visão de seu rosto lindo enquanto ele estivesse me fodendo.

O problema é que para aproveitar a parte boa dele (seu corpo), eu teria que aguentar a ruim (sua personalidade).

— S/N, entra logo na porra do carro — Ele xingou impaciente, depois que fiquei parada ali por um minuto inteiro.

Soltando um suspiro resignado, me abaixei para abrir a porta e entrei no carro. Senti o cheiro de perfumador automobilístico enquanto colocava o cinto, sem virar meu rosto na direção do homem ao meu lado. Agia como se fosse eu fazendo um favor ali, não ao contrário.

Bakugou não se mexeu e nem falou nada, e quando ficou estranho demais nosso silêncio, eu me obriguei a virar o rosto para ele, que ergueu as sobrancelhas.

— Não sei se gosto da sua atitude.

— Se fode.

Ele sorriu, dentes de um predador.

— Teve bons sonhos nos últimos dias? — Perguntou, dando partida no carro e começando a dirigir pela rua.

Enquanto fingia pensar na resposta, aproveitei a oportunidade para secá-lo. Sem blazer, sua camisa de botões preta era justa nos braços o suficiente para notar seus bíceps definidos, esticando o tecido. Seus antebraços estavam descobertos. Meus olhos pararam em suas mãos grandes em cima do volante.

— Nada ruins, e você? Usou muito a minha calcinha?

Ele negou com a cabeça, mas vi o canto de sua boca subir com um sorriso. Não sei o quanto Bakugou estava acostumado a ser provocado, até porque a maior parte das pessoas morria de medo dele. Mas acho que ele realmente gostava das minhas provocações.

— Fiz um altar para ela no meu quarto, posso te mostrar se quiser.

Por mais que não gostava de Bakugou, eu meio que gostava muito quando ele entendia minhas piadas e entrava na brincadeira.

— Achei que você ia guardar na sua masmorra sexual — Disse com ironia — Você definitivamente parece o tipo de cara que teria um quarto vermelho, com correntes no teto.

Agora Bakugou estava sorrindo, se divertindo muito com a conversa.

— Você com certeza pensa mais na minha vida sexual do que deveria, S/N.

Infelizmente ele estava certo e por isso, um bico se formou na minha boca e eu cruzei os braços, olhando para a rua.

Percebi que o rádio estava desligado e perguntei, em um tom de voz baixinho:

— Posso ligar?

— Pode.

O rádio na verdade era uma tela com alguns aplicativos e comandos, mas havia o ícone do Spotify no cantinho da tela, foi ali que apertei. A tela inicial do perfil de Bakugou abriu.

Wɪʟᴅᴇsᴛ Dʀᴇᴀᴍs | Bakugou ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora