no one has to know what we do

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 No almoço de segunda-feira minha equipe não estava mais dando sinais de que ainda sentiam o peso da derrota de sexta-feira. Midoriya e Ochako estavam dividindo um potinho com frutas enquanto conversavam sobre um filme, Iida tinha apoiado seu Kindle em uma lata de refrigerante cheia e lia um de seus livros motivacionais enquanto almoçava.

O refeitório da empresa estava convenientemente silencioso. Percebi nossa colega Mina, caminhando na direção da nossa mesa.

— É uma pena que vocês não conseguiram desbancar os panacas do time Bakugou, pessoal — Ela disse apoiando as mãos na borda com uma expressão triste.

— É mesmo, Mina — Ochako disse com um suspiro deixando uma uva verde cair dentro do potinho — Mas a gente consegue na próxima, estamos organizando uma nova forma de trabalhar.

— Vocês vão conseguir — Ela disse com um sorriso esperançoso e virou o rosto em direção a mesa de Bakugou — Não dá para entender como um cara repugnante como ele consegue trabalhar tão bem.

Nossa mesa inteira virou o rosto para a mesa de Bakugou, coincidentemente Bakugou também olhou na nossa direção, comendo uma maçã. Ele estava usando uma camisa social preta dobrada nas mangas, um sorriso foi se formando no seu rosto enquanto ele mastigava, olhando para cá.

Deixei minha comida de lado e tomei um longo gole de água, com o estômago revirando.



Bakugou segurou meu rosto quando me adiantei para beijá-lo, suas mãos dos dois lados das minhas bochechas, enquanto ele me empurrava com o corpo em direção a mesa de reunião atrás de mim.

— Bakugou... — Eu disse sem fôlego, quando minha bunda encostou na borda da mesa.

— Você vai me chamar de Katsuki agora, S/N e vai responder minhas perguntas — Falou, ainda segurando meu rosto.

Aquela voz rouca e gostosa dele falando naquele tom autoritário me encheu de arrepios, a força com a qual ele segurava meu rosto e olhava nos meus olhos eram selvagens. Eu engoli a seco, balançando a cabeça em confirmação.

— Quanto tempo você sonha comigo?

— Faz algumas semanas — Respondi nervosa, ele soltou meu rosto, apoiando as mãos na mesa, do lado da minha cintura, ele tinha que inclinar o corpo para ficar com o rosto na altura do meu — O que você tá fazendo?

Ele se aproximou mais, colocando um joelho entre minhas pernas. Sorrindo diabolicamente sem quebrar o contato visual.

— O que você acha que eu to fazendo? Vou realizar seus sonhos.

O encarei totalmente chocada. Queria muito dizer que não queria nada dele, que queria ir embora e que ele fosse pro inferno. Mas eu já estava tão excitada só com um beijo, meus pensamentos estavam bagunçados pela excitação e o nervosismo.

— Me descreva como são seus sonhos — Pediu com a voz em um sussurro, seu rosto estava tão próximo que eu podia enxergar todos os detalhes.

Eu estava tão hipnotizada que fiquei de boca aberta. Ele tinha olhos vermelhos, as íris ficavam alaranjadas mais próximas do centro, haviam sardinhas quase invisíveis na ponta de seu nariz, sua boca tinha um formato tão atraente. Era ainda mais bonito, tão próximo, perfeito.

— Você... — Respirei fundo, percebendo que estava suando de nervoso e agindo como uma idiota — Você me pede para sentar no seu colo — Expliquei com a voz trêmula — E depois beija meu pescoço.

Wɪʟᴅᴇsᴛ Dʀᴇᴀᴍs | Bakugou ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora