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Acordou sozinha na cama, enrolada no macio e quentinho edredom branco, seus olhos piscavam buscando um pouco de iluminação naquele quarto escuro, só algumas brechas de sol passavam por debaixo das cortinas black-out, se sentou na cama, reconhecendo o local, estava sozinha ali.

Engatinhou até a ponta da cama e abriu sua bolsa pegando o celular, vendo que já era quase meio-dia e também as inúmeras notificações de chamada perdida e áudios de Sukuna.

- puta merda. - despertou rápido, se levantando da cama.

Vestiu seu vestido, suas botas que estava em uma poltrona, procurou com os olhos e viu sua calcinha embaixo da cama, abaixou e a pegou guardando dentro da bolsa, pegou o celular e pediu um uber, fez um coque no seu cabelo, que no momento estava o próprio caos.

Faltando poucos minutos pro carro chegar você saiu do quarto, seu celular tocou no mesmo momento, era Sukuna.

- onde caralhos você 'tá, porra? - ele gritava do outro lado da linha.

- não sei e Precisa gritar, inferno? - Sua cabeça latejava, passava pelo corredor em direção à escada.

- a gente precisa conversa urgente. - Sukuna disse preocupado, e agora em um tom um pouco normal, se estivesse na frente dele podia jurar que ele massageava os olhos fechados com os dedos.

- olha no momento não vai dar, vou p'ra casa e depois trabalhar, e antes disso tentar não fazer minha cabeça estourar. - Se referia as forte pontadas que sua cabeça recebia por conta do sol, descia as escadas e percebeu que não estava sozinha na mansão.

Vários homens de terno, estava espalhandos pelo ambiente, tentou ser o mais discreta possível, mas o interfone tocou e um cara atendeu.

- uber? Ninguém pediu uber aqui não.
- olhou no aplicativo e viu que o uber estava perto.

- depois a gente conversa. - disse para Sukuna e desligou o telefone, todas as pessoas que estava ali, olharam curiosos para você, descendo os últimos degrais.
- o uber é meu. - Anunciou.

O cara que tinha o interfone na mão te analisou de cima abaixou e por onde você veio, e assim como todos os outros, ficou em choque.

- pode deixar entrar. - ordenou, para quem fosse a outra pessoa do outro lado da conexão do interfone.

Agradeceu fazendo um gesto com a cabeça, caminhou até a porta e um dos homens que estavam perto a abriu pra você, a atravessou e o carro já estava na porta, entrou ainda sendo vigiada pelos homens de terno, o motoristo te cumprimentou confirmou o destino e seguiu com o percurso.

Tentou seguir o dia normalmente, como se não estivesse com uma ressaca fodida, nem tomado um milhão de remédios e nem com dor da cintura para baixo.

Quando terminou o expediente que pareceu que não ia ter fim, foi pra casa, tomou um banho e Sukuna já ligava. - pela 49° (quadragésima nona) vez -  pensou muito se atendia, principalmente por ser um facetime.

- oi. - atendeu, sorridente.

- oi. Com que você foi embora mesmo? - grosso, você olhava fixo para o celular tentando lembrar o nome que tinha dito a ele.
- não lembra né?!

Negou com a cabeça envergonhada por não conseguir segurar a mentira.

- foi um cara ou uma mina? - questionou mais ainda. Suspirou e decidiu falar a verdade.

- um cara. - disse com a cabeça baixa e as mãos apoiadas no balcão da cozinha.

- lembra o nome?

- não. Nem perguntei. - Admitiu.

- menos mal. - levantou a cabeça confusa. - olha, é melhor você dar um sumiço por um tempo. De novo.

- porque? Você conhece? - ele não olhou pro celular.

- é melhor pra você. Só faz isso.- ele disse como se planejasse um plano. Até voltar o rosto pro celular, percebendo que você estava confuso e antes de dar chance pro seu cerebro criar mil fanfics. Deu um sorriso apaziguador e mudou de assunto. - vai me contar como foi?

Você deu um sorriso envergonhado, mas alegre e começou a contar com detalhes.

Mas o que vocês não contavam era que o seu companheiro da noite passada estava ouvindo e vendo tudo, por uma televisão gigante, pendurada na parede dentro de um quarto escuro, na mansão dele.

Sentado em um sofá de frente pra televisão, ele analisava cada detalhe do seu rosto, sua boca perfeita, seus olhos brilhantes que transbordavam nostalgia, seu cabelo cacheado longo e volumoso e a sua voz maravilhosa, que ele ouvia, contando empolgada a noite passada.















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Hypnotisé - Toji Fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora