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Ao sair da sala vou direta ao dormitório. Tinha agora aula de educação física, mas a pachorra para ter aula era pouca. Agarro no meu computador e começo a trabalhar (trabalhar?). Não pensem que estou a fazer trabalhos ou algumas pesquisas para a escola... Simplesmente estou a fazer a minha "declaração médica".
Acabo-a imprimo, assino uma assinatura qualquer e começo a ler em voz alta, sou interrupida por alguém a abrir a porta de repente..
"Eii, já não se bate à porta..!"
"Estava a tua procura, procurei por todo o colégio..."-o Cameron diz mexendo no seu cabelo
"Eu podia estar nua.!!"-quase gincho. Ele morde o lábio e mexe na parte de trás do seu pescoço o que por sinal é muito sexy..
"Desculpa... Ai..."
"Que estás a fazer?"- ele pergunta tentando tirar-me a minha declaração
"Salvando-me"-ele olha-me com cara de confuso, ignoro e saiu deixando a falar sozinho.
"Eii, não ma deixes sozinho"
"Tadinho"-faço cara de preocupada-"O bebe tem medo de se perder"
Ele olha-me confuso, mas no fundo eu sei que ele até se está a rir.
"Pensava que todo aquele azedo já se tinha ido embora"
"Bem, nem tudo é o que parece"-agarro no meu papel que estava no chão e vou embora.
...
Estava na bancada do ginásio, vendo os outros suarem como porcos, correção porcas, este colégio no que fala a aula de educação física é dividido entre rapazes e raparigas.

(POV:Clara)
"Porque que ela não está a fazer aula"-distraío-me coma Joanna. Ela olha-a com atenção, meio que dá medo.
"Joanna"-faço algo para ganhar a sua atenção.
"Hum"- ela responde mas sem tirar os olhos da Elena.
"Deixa-a, concentra-te no jogo"
"Deixa-la...? Como assim deixa-la?"-olhou-me nos olhos que transparecem raíva-"Clara, Clara está rapariga vai viver o seu pior pesadelo neste colégio"
Agarro na bola e vou em direção há baliza... Chuto e boa marco..
As raparigas sorriem e batem palmas, olho para as bancadas e a Elena está de pé aplaudindo, eu sinceramente não sei o que fazer por isso só dou um gentil sorriso.
...
Já estava no meu quarto e a Elena também lá estava e pela primeira vez, senti que ela não estava a agir de uma forma "má".
"Grande golo, sim senhora, não é que a princesinha joga"-ela rompe o silêncio que permanecia no quarto.
"Obrigada..."-digo só, não sei muito bem o que dizer.
"Nada comparado a mim, mas ainda jogas"-ela sorri, e o seu sorriso conforma-me.
"Claro, nada comparado à ti"-meio que sorri.
"Bem preciso respirar"-ela diz levantando-se da cama e começa a sair pela janela.
"Eii onde vás"
"Respirar"-ela sorri.
"Elena... Não podes"-tarde de mais ela já tinha ido embora.

(POV:Elena)
Precisava de ar fresco. Saltei da janela e bati de cara na relva, o meu braço ardia, acho que bati quando polava. Continuo o meu caminho, embato contra alguém e meio que rezo (andas muito catolica tu) para que não sei o diretor.
Levanto a minha cabeça com receio do que vou ver e o meu coração respira quando vejo um olhos verdes que brilham devido ao efeito do lua.
"Mas será que não podes parar de chocar contra mim"-digo meia quw agressiva para o rapaz de caracóis.
Ele observa-me, reviro os olhos e começo a caminhar. Sou puchada pelo braço que doí, o que me faz dar um gincho.
"Solta-me... Aii doí"
"Eu...Desculpa"-ele solta o meu braço atrapalhado.
"Não peças desculpa, já magoas-te"
"Que fizes-te ao braço"-ele parece querer saber, nossa a voz dele grossa mate-me.
Ele agarra gentil-me na parte de baixo da minha mão e vira a outra parte para cima e vai ao encontro da luz da lua. Eu tento tirar mas ele olha-me nos olhos e meio que pede para continuar.
A manga da minha camisola é puchada para cima e um ferimento aparece. Não fazia ideia que estava a sangrar.
Ele olha atentamente para a ferida.
"Isto não é nada"-digo e não sei o porque.
Ele larga a minha mão de rente e virasse para a piscina.
"Estás bem?"
"Precisas de ir cuidar disso"- ele me diz com os olhos focados na piscina.
Olho para o meu braço, puxo a camisola para baixo. Olho novamente para para cima para encontrar o rapaz de caracois, mas o meu olhar cruza-se com o vazio. Já não lá estava ninguém, ele simplesmente tinha desaparecido.
Volto ao quarto, mas desta vez pela porta. Vou direta para a cama e adormeço tentando arranjar uma explicação para o que tinha acontecido.

I did not wish itOnde histórias criam vida. Descubra agora