Vampiro bonitinho

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Forever desvia o olhar para seu celular. O horário era 01:30 da manhã. Suspira cansado, virando-se para Cellbit. 
— Cellbo, tá muito tarde, tô voltando pra casa — Anunciou para o outro loiro, que desviou a atenção da louça para o amigo do outro lado da cozinha. 
— Tá bom. Só toma cuidado! Tchau Forevin 

Forever acenou para ele, e logo saiu da casa. Lá fora, era uma madrugada fria, os postes mal iluminavam a rua. O brasileiro forçou os olhos para enxergar. 
Ia caminhando lentamente, prestando atenção no caminho. Nenhum som era captado, a não ser latidos de cachorros ou uma brisa leve. 

Virou a esquina. Ali na frente era sua casa. Passou por uma pracinha, em que havia apenas um banco de madeira e algumas árvores. O que chamou a atenção do loiro era uma figura alta. 
Uma figura encapuzada estava sentada no banco, e estranhamente encarava Forever. O loiro não era bobo, percebeu na hora o olhar da pessoa em si. 

Tentou não ligar para a figura, mas sua curiosidade falava mais alto. Porquê alguém estaria na rua à esse horário? 
— Ei, tá fazendo o que aqui à essa hora? — Perguntou, se aproximando da figura. Mais perto, pôde ver os olhos claros da pessoa. Eram brancos. Forever estranhou. 

A figura se virou para Forever, e o encarou. Não disse nada, mas continuou o encarando. 
— Não é da sua conta — A voz da figura era aveludada, e levemente rouca. As orelhas de Forever se arrepiaram. 
— Eu… me desculpe, fiquei curioso — Murmurou, desviando o olhar para o chão. Coçou a nuca com a mão direita, e voltou o olhar para a pessoa.

— Estou sem sono. Caminhar me ajuda — O estranho disse, levantando levemente a cabeça. Seus olhos brancos brilhavam à luz da lua. O brasileiro estava vidrado naquele olhar feroz. 
O estranho ajeitou o moletom preto e vermelho que usava. Forever notou que as mãos dele eram pálidas, e os ossos eram evidentes. Levantou o olhar para a figura com a sobrancelha arqueada. 
— Você é muito pálido — Comentou, e mordeu o lábio de frustração ao perceber o que disse. Ele não sabia se a pessoa o faria mal, não podia o ofender — Q-quer dizer, me parece 

Riu nervoso, evitando olhar para o estranho. Mas viu um sorriso surgir por baixo do capuz. Era o sorriso mais perfeito que já havia visto. Os dentes eram alinhados e brancos, apesar de ter dois dentes mais salientes e pontudos.
— Não fique nervoso, eu sou realmente pálido — O estranho disse em um quase sopro. Levou as mãos ao capuz, o abaixando.  
Igualmente as mãos, o rosto do rapaz era pálido. Seus grandes olhos com irís brancas fitavam Forever com interesse. Além de seus lábios, brancos e rachados. Suas presas pulavam para fora. 

"Ele se parece com um vampiro" Forever pensa, mas descartando a ideia em seguida. Não acreditava em coisas sobrenaturais. Quem gostava dessas coisas de terror era seu melhor amigo, Cellbit. 
Percebeu o olhar interessado do rapaz em si. O viu lamber os lábios. Fitou os lábios pálidos do rapaz, e se sentiu estranho. 
— Mas o que você faz aqui? Não é hora para garotos como você ficarem até tarde na rua

Forever estranhou pelas palavras usadas pelo estranho. Ele aparentava ter a mesma idade que ele. Pensou antes de responder, ponderando qual era a melhor resposta. 
— Estou voltando pra casa — Respondeu, engolindo o seco em seguida. Aquela não era a melhor resposta, certamente. 

O estranho lambeu os lábios novamente, e colocou uma das mãos no queixo. Olhava o loiro de cima a baixo. O estranho mexeu em sua orelha, o que logo Forever notou sua orelha afiada.
— Uau. Seu cosplay é muito bom — Comentou, parando para a analisar o cabelo do rapaz. Era um preto puro, e continha fios longos, que iam abaixo dos ombros. Estavam levemente bagunçados.

O estranho pareceu ofendido, pois arqueou as sobrancelhas e seu semblante mudou. Ele olhou em volta, se aproximando de Forever.
— Cosplay? Você não entendeu — Sussurou bem próximo de Forever. O rapaz sentia a respiração descontrolada do loiro. Talvez fosse pelo medo — Eu sou um vampiro 

Vampiro - 4halo AUOnde histórias criam vida. Descubra agora