Capítulo 2

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-Fale de uma vez!- O loiro sibilou- Só estou te poupando porque você é interessante e bonitinho, mas se não me der um bom motivo- Sorriu apertando mais o canivete contra o pescoço de Roier fazendo a linha fina de sangue ficar com mais fluxo

-¡Estoy aquí porque robé mucha droga y usé algunas...nada grave como asesinatos u homicidios! No sé por qué me pusieron aquí con-

-Comigo?- Cell rosnou

-¡NO! ¡No pongas palabras en mi boca!- Roier gritou enquanto uma de suas mãos pousou suavemente no lado esquerdo do peito do loiro tentando o empurrar para longe, mas o outro preso nem se mexeu apenas desviou por milissegundos o olhar do rosto do homem de cabelo castanho para sua mão e voltou a olhar para Roier- No sé por qué estoy aquí en este bloque con gente en este nivel de peligrosidad...¡Solo fumaba hierba!- Isso fez Cell soltar uma risada nasal baixa

-Certo, me convenceu, você é só um pobre coitado que caiu no lugar errado, e provavelmente vai sofrer consequências péssimas, bota péssimas nisso- O loiro se afastou levantando e tirando o canivete ensanguentado do pescoço do outro, Roier suspirou aliviado relaxando no chão gelado- Mas não pense que não vou pedir algo em troca por poupar sua vidinha medíocre, você fará parte de um plano grandioso- Cell passava a mão pensativo no queixo onde uma barba rala começava a aparecer

-¿Qué pasa si no quiero ser parte del plan?- O castanho levantou limpando a roupa por conta da sujeira da cela, quando sentiu uma mão forte e com unhas afiadas agarrar seu queixo e o forçar a olhar para cima, agora Roier olhava para o teto cinza e escuro da cela

-Eu não te dei essa opção, você vai participar queira você ou não, porque se não colaborar eu vou matar você, acho que é fácil de entender cabrón- Cell imitou distraidamente o que o outro falou para os polícias

Roier segurou a risada, já que o sotaque do prisioneiro insano era hilário ao pronunciar as palavras em espanhol
Mas perdeu toda a compostura quando sentiu algo quente e úmido passar pelo seu corte, simplesmente o loiro estava lambendo o local lentamente, ardeu um pocado o que fez Roier empurrar o outro
O de cabelo castanho estava arrepiado e com uma das mãos no pescoço tampando o local do corte, não estava acreditando no que tinha acabado de acontecer

-¡¿Qué fue eso?! ¡¡¿¿Porque hizo eso??!!

-Abaixa essa voz quando for falar comigo! E eu só limpei, o banho é só amanhã e você ia ficar cheio de sangue- Cell falou sem problemas em sua voz, como se fizesse aquilo todos os dias, andou até a própria cama e deitou nela se preparando para dormir- Boa noite aí, bom sonhos- Dava para ver o sorriso sacana e perigoso no lábios do loiro

Roier sem saber o que dizer e ainda processando tudo deitou na cama gelada e fria, ali não deveria ter pelo menos uma coberta? O prisioneiro insano tinha cobertas, duas delas, porém não se arriscaria a pedir uma para o maluco

-¿Cuál es tu nombre?- Perguntou baixo já que não sabia até agora e o cara já até lambeu ele, pelo menos precisaria saber o nome dele

-Pode me chamar de Cell

-El mio es Roier- Não ouve resposta nenhuma por alguns minutos
-Você já me disse seu nome- Não dava para ver o rosto do loiro, mas Roier sentia que ele sorria- Está apavorado, sei que está, mas relaxa, você vai ficar bem

E a conversa se encerrou ali, ambos foram dormir, pelo menos era o que Cell foi fazer, já Roier ficou encarado o teto por longas horas tremendo de frio e com medo de fechar os olhos e simplesmente não acordar mais, não só isso olha onde ele estava um lugar perigoso, come pessoas perigosas e um assassino dormindo ao seu lado, a cabeça de Roier doía em um nível absurdo. O mexicano decidiu se encolher e só assim conseguiu dormir, um sono leve que qualquer barulho mais alto que Roier escutasse ele acordava com um pulo

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