quatro

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- Está bem, tenho algo para confessar - disse Minho, com um leve sorriso, enquanto terminava de comer um pedaço de brownie. Ele passou os dedos pela borda do prato, recolhendo as últimas migalhas, antes de levantar os olhos para encontrar os de Chan. - Desde a primeira vez que te vi, senti vontade de te beijar.

Chan piscou, surpreso, mas logo um sorriso brincalhão se formou em seu rosto. Ele apoiou o queixo na palma da mão e inclinou a cabeça ligeiramente para o lado. - Sério? Eu não fazia ideia disso.

Minho assentiu, visivelmente nervoso, mas determinado a continuar. - Sim, é verdade. Você me atrai de uma maneira única, e eu não conseguia tirar essa vontade da cabeça.

Chan riu baixinho, um som leve que fazia o coração de Minho acelerar. - Por que nunca falou nada? - perguntou, exibindo aquele sorriso enorme e desarmante.

Minho soltou um suspiro, balançando os ombros como se fosse a única verdade que conhecia. - Por vergonha e insegurança. Nunca imaginei que fosse recíproco. E você?

Chan desviou o olhar por um momento, como se recordasse algo especial. Depois, voltou a encará-lo com um brilho nos olhos. - Foi assim desde que eu te vi também. Eu flertava de verdade com você, mas para mim, você sempre levou na brincadeira.

Minho soltou uma risada curta, cheia de autodepreciação. - Ai, ai, Chan, os flertes eram reais. Pena que a gente foi medroso demais para agir.

Chan deu um gole em seu milkshake de morango e apoiou os cotovelos na mesa, aproximando-se ligeiramente. - Vamos pensar pelo lado positivo. Estamos aqui agora, e confesso que estou doido para te beijar de novo.

Minho sentiu o coração bater ainda mais forte. Ele inclinou-se sobre a mesa, encarando os olhos de Chan antes de deixar o olhar deslizar para seus lábios. - Eu também estou ansioso para te beijar de novo, Chan - murmurou quase como um sussurro.

Sem mais delongas, Chan atravessou a distância entre eles, inclinando-se sobre a mesa estreita da lanchonete. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, terno e um pouco tímido, já que estavam em um lugar público. Mesmo assim, havia algo intenso e delicioso na combinação do morango com o chocolate, uma mistura que parecia encapsular a essência daquele momento.

Quando se afastaram, Minho sorriu, os olhos brilhando de alegria. - Descobri minha combinação favorita - disse baixinho.

Chan riu, passando a língua pelos lábios como se quisesse prolongar o gosto. - Qual?

Minho apoiou a cabeça na mão, olhando-o com ternura. - Você e eu.

Ao se afastarem, seus olhos brilhavam de alegria e surpresa com a conexão que compartilhavam. O beijo, embora breve, carregava uma intensidade que ambos não conseguiam ignorar.

Chan sorriu, sentindo-se mais próximo de Minho do que nunca. - Você também gosta dessa combinação? É incrível como nossos gostos são tão parecidos.

Minho assentiu, com um brilho divertido nos olhos, inclinando-se ligeiramente para a frente. - Sim, é realmente incrível.

Os dois se encararam por um breve instante, um silêncio confortável se instalando entre eles. No olhar que trocavam, não era necessário dizer nada. Tudo estava claro: o que sentiam, a intensidade do momento e o que aquilo significava.

O contato visual foi interrompido quando o garçom chegou para retirar os pratos, trazendo-os de volta à realidade. Eles se recomporam rapidamente, tentando disfarçar a onda de emoção que os dominava.

Chan riu e olhou para o relógio. - Vamos? Só preciso ir ao banheiro antes.

- Tudo bem, vou chamar o carro enquanto isso, pode ser? - perguntou Minho, já pegando o celular.

Ily - minchanOnde histórias criam vida. Descubra agora