Minhas Cartinhas de Amor

Sorriso Torto

Vou enlouquecer guardando todo esse sentimento dentro do meu coração.

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Martin finalmente conseguiu se acertar com seu namorado, depois de conversarem no banheiro e o outro prometer que ele nunca mais o faria passar por aquela situação tão embaraçosa. O loiro cedeu e o envolveu em um abraço caloroso, seguido de um beijo apaixonado. Mas ainda se encontrava muito puto com Luciano. 

Como ele ousava se referir a ele daquela forma? Ele tinha nome poxa! E seu melhor amigo se referiu a ele como um qualquer... Isso machucava.

O argentino passou o resto do dia ignorando e evitando falar com o moreno, passando rápido sempre que ele chegava perto e ignorando quando o mesmo falava com ele. Ao chegar em casa, desabou na cama, sentindo-se completamente esgotado. 

Hoje o dia foi insuportável!

Martín se sentia profundamente magoado, questionando por que seu melhor amigo ousava chamá-lo por nomes que não fossem seu próprio nome ou apelido? Ele praticamente havia o chamado que qualquer namoradinho do Chile, como se ele não fosse alguém importante para ele, e isso machucava de verdade o loiro. E ainda por cima os dois ficaram falando dele como se ele não estivesse ali! Como se ele fosse a porra de uma aposta para um boquete! Luciano havia transformado uma forma de expressão em algo que ele poderia ser humilhado depois... Por mais que Martín não gostasse do Paraguai ele respeitava o relacionamento dos dois, porque seu melhor amigo não podia respeitar o seu?

Enquanto ele se perdia eu seus pensamentos ouviu uma voz o chamando, uma voz que ele conhecia bem... Era Luciano o chamando quando olhou pela janela viu o moreno com um papel com uma frase lhe pedido desculpas.

" Ainda bravo comigo, corazón ):"

Martín revirou os olhos e pegou papel e caneta. Eles haviam se acostumado a se comunicar dessa forma, já que seus quartos eram vizinhos e tinham janelas que ficavam de frente um para o outro. Às vezes, o brasileiro até pulava para a varanda do loiro para ficarem juntos.

"Perdoa seu brasileiro idiota ):" — Fez um biquinho para tentar chantagear o amigo.

"Não sei se você merece... Eu realmente estou chateado. >:^" — Respondeu o loiro.

"Seu brasileiro está sofrendo demais sem sua atenção ... Ficar sem seu olhar, sorrisos, voz... É como uma facada no coração" — Fingiu de forma dramática, simulando uma facada e jogando-se no chão, arrancando risos do amigo.

Quando o brasileiro finalmente se levantou do chão, ele fez um gesto para que o argentino esperasse um momento e saiu do quarto. Quando retornou, estava segurando uma vassoura e uma blusa branca, dizendo que estava se rendendo. Martín deu uma risada baixa, que se intensificou quando a vassoura caiu em cima da cabeça do brasileiro. Rapidamente, ele pegou outro pedaço de papel e começou a escrever:

"Só perdoo se você vier passar a noite aqui comigo... "

O brasileiro não pensou duas vezes antes de pular para a varanda do loiro, onde foi recebido por um abraço apertado.

— Nunca mais faça isso, seu idiota! Eu realmente fiquei chateado... — Disse Martín, abraçando-o e se aconchegando em seu colo como um coala. — Eu não quero mais brigar com você...

— Desculpa, Martín. Eu não queria chateá-lo, muito menos magoá-lo com minha fala mais cedo – suspirou triste, mantendo o menor em seus braços — Eu sei que você é muito mais do que um namoradinho do Chile. Se eu pudesse, nem isso você seria dele, mas eu não o suporto!