VI - A Prova

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《Um leitor na primeira temp disse que queria um pouco mais de Dadzawa, e eu disse que aqui na segunda temp teria, um gostinho pra vocês

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Depois do banho, Tenshi se vestiu confortavelmente e pegou o biquíni ainda molhado, saindo do quarto e voltando para o elevador. Desceu para o térreo e o colocou na máquina de lavar, ao voltar para o elevador, percebeu a luz da cozinha acesa.

Foi até lá, Aizawa ainda estava acordado, sentado em um dos bancos altos do balcão na frente de vários papéis.

— Me mandou dormir, mas você pode ficar acordado.

— Estou trabalhando.

— São as provas dos alunos? — Tenshi se sentou no banco ao lado do professor.

— Uhum. — Aizawa concordou, olhando para a menina. — Se quer ajudar em alguma coisa, faça um café.

— Um "por favor" seria muita coisa? — Ela riu. — Vamos lá, não vai doer.

O professor revirou os olhos.

— Pode me fazer um café, por favor?

— Claro que sim, sensei. — Tenshi riu e desceu do banco, indo para o outro lado do balcão.

Pôs água em uma chaleira e deixou ferver. Riu baixo com um pensamento.

— Do que está rindo?

— Se Shouto estivesse aqui, ele estaria encolhido em um canto de uma parede em posição fetal só ao ver essa chaleira. — Tenshi riu.

— Como assim?

— A cicatriz, água quente... Chaleira.

Aizawa a olhou.

— Não me faça rir de algo assim, não quero ir pro inferno mais cedo do que o previsto. — Ele voltou a atenção para as provas.

— Sabe... Da última vez que tentei cozinhar alguma coisa a cozinha quase explodiu, espero que nada de ruim aconteça...

Aizawa ergueu o olhar para a garota em silêncio.

— Se criar um incêndio, eu não vou te salvar.

— Eu é que vou te salvar, sensei. Afinal, quero ser uma heroína, lembra? — Mentiu, um sorriso no rosto ao encarar os olhos do professor.

— Que tipo de heroína você quer ser? — Perguntou, prestando atenção nos papéis.

— Que tipo? — Tenshi escondeu seu desespero. Havia pensado e repensado nas respostas de inúmeras possíveis perguntas, mas não havia pensado nisso ainda. — Talvez alguém como você.

Serviu duas xícaras de café e voltou a sentar ao lado de Aizawa.

— Não acho que eu precise dos holofotes. — Ela pegou a xícara, assoprando e dando alguns goles da bebida quente.

— E como vai a sua psicopatia?

Tenshi quase engasgou.

— Hum? Como assim? — Fingiu naturalidade.

— Se eu me lembro bem, ainda ano passado você queria matar as pessoas ruins.

— Achei que estivesse nítido que isso era influência do ambiente em que cresci. Sabe, sensei, as coisas que me ensinavam não eram lá muito saudáveis.

— Tenshi. — Ele a encarou seriamente. — Você já matou uma pessoa?

Tenshi o olhou de volta.

— Não.

O Retorno de Tenshi - A Protegida da Liga 2ᵃ temporada!Onde histórias criam vida. Descubra agora