HP 2 | O Caderno De Nefelibata (DRARRY!)

I | Falta de respostas

Olá, bem vindos a história!

Quero lembrar que esse livro é o segundo da minha saga de reescritura de Harry Potter. Então, se não quiserem ficar perdidos aqui, recomendo que leiam o primeiro livro "O Conto de Zahir"!

Boa leitura ♥️

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Nefelibata

“Pessoa que anda ou vive  nas nuvens. É quem foge da realidade e não desiste de sonhar, nunca.”

Tinha algo de errado.

Harry já estava de férias há quase um mês e nenhum de seus amigos falou com ele em momento nenhum. Nenhuma carta chegou, Hermione não atendeu o telefone trouxa. Primeiro, Harry achou que as corujas dos amigos não chegavam porque a casa estava envolta em feitiços de proteção, mas nem Draco respondia, e eles já tinham trocado cartas antes.

E, aparentemente, as corujas não tinham problemas em encontrá-los. A carta de Elise chegou, afinal.

Harry acabou pensando na pior das hipóteses, seus amigos não se importavam com ele tanto quanto Harry se importava com eles.  Mas, ao parar para pensar, não fazia sentido algum. Harry conhecia seus amigos o suficiente para saber que eles gostavam dele de verdade, tinha certeza. Então, o que estava acontecendo?

— Tudo bem, meu pequeno? — Elise perguntou, abrindo uma pequena fresta da porta do quarto do menino.

Harry estava deitado no tapete, olhando para o teto. Serpens passeava pelo quarto e fazia comentários regulares sobre sentir saudades dos gramados de Hogwarts, agora que tudo ao redor era praticamente areia e mar.

— Sim — Harry mentiu.

Elise entrou devagar e andou até Harry, e se sentou bem ao seu lado. Fez um carinho nos cabelos do filho.

— Diga para a mãe, o que está se passando nessa sua cabecinha?

— Eu… — Harry suspirou, frustrado — Não entendo porque meus amigos não me mandam cartas.

— Nada ainda?

— Nem um bilhetinho.

Elise mexeu nos próprios cabelos, prendendo atrás da orelha alguns fios teimosos que escaparam da sua trança, feita com cuidado logo no início da manhã.

— É estranho mesmo que nenhum dos quatro tenha respondido ainda, não parece ser normal. Vamos fazer o seguinte… se nos próximos dias ninguém te responder, vou visitar os pais do seu amigo Rony.

— Mesmo?

— É, sim. Conheço a família dele há um tempo.

Harry se ergueu para dar um abraço na mãe.

— Obrigado! — falou, renovando um pouquinho da própria felicidade.

— Agora, vou descer para a cozinha e terminar o nosso almoço.

— Posso ajudar? — Harry perguntou com um sorrisinho expectante. Sentia saudades dos pequenos momentos que tinha com a mãe antes de entrar no colégio de bruxaria, e agora que nenhum de seus amigos respondia suas cartas, só o que Harry podia fazer era ficar na companhia dela e de Serpens.

— Sim, tudo bem — Elise concordou, ficando novamente em pé.

Desceram as escadas, Harry deslizando pelo corrimão como sempre fazia. Os dois conversaram e riram enquanto preparavam a comida e, depois do almoço, foram caminhar pela praia descalços.