Capítulo 3

62 4 0
                                    

-Ouve lá, não vês por onde andas?

Olhei para ele e tudo parou naquele momento, ele era o rapaz mais lindo que eu alguma vez tinha visto. Tinha o cabelo meio despenteado, de propósito, olhos castanhos, alto... Oh meu deus, era perfeito.

Se não tivesse tão chateada com aquele imbecil era capaz de ficar a olhar para ele durante horas sem desviar o olhar...

-Eu olho, e parece que vim bater contra a pessoa certa beleza!- disse ele com um ar divertido.

-Desculpa? O que é que estás a querer dizer com isso?- disse eu já bastante irritada.

-Que és bem gira e que já devia ter vindo contra ti à mais tempo princesa.

-Que seja a última vez que me chames princesa, pensas que sou quem? Deves ser mais um daqueles que anda sempre atrás de um rabo de saia.

-Porque é que não te posso chamar princesa?

-Porque não me conheces de lado nenhum e não sou uma das tuas conquistas baratas, por isso bem que podes tirar o cavalinho da chuva!

-Ai meu deus que irritadinha que ela está!

-E achas que é para menos? Primeiro vens contra mim, deitas tudo o que eu tinha nas mãos ao chão e depois ainda me estás a chatear? No mínimo um pedido de desculpas.

-Porque é que eu vou pedir desculpas por ter batido numa beldade como tu?

-Podes começar a parar por aí! - disse eu já bastante irritada.

-Porque? Não estou a dizer mentira nenhuma.

-É preciso ter lata, porque é que não vais ter com as tuas amiguinhas ou vais dar banho ao cão?

-Primeiro porque não tenho cão e segundo nenhuma é tão bonita como tu.

-Que piada.

Aquele rapaz já me estava a tirar do sério, como é que um rapaz tão bonito podia ser tão irritante?

Quer dizer costuma-se dizer que são os piores.

-Diz lá que não me achas atraente!

-És muito convencido sabias?

-Sabia.

Ele começou a aproximar-se de mim e quando estava a chegar perto da minha cara eu irritei-me tanto que lhe dei um pontapé onde lhe doí mais, no meio das pernas.

Ele caiu ao chão e ficou lá a queixar-se.

-Mas tu estás parva? Era preciso esta merda?

-Era preciso sim imbecil, que seja a última vez que me tentas beijar. Para a próxima é pior! E não me voltes a chamar parva, fica o aviso!

Vim-me embora e deixei-o lá no chão a queixar-se. Não tinha pena nenhuma dele, ele estava a merece-las.

Ele era bem bonito mas era um autêntico idiota.

Fui em direção à entrada do colégio pois o meu pai já lá estava à muito tempo à espera. Quando lá cheguei ele começou a implicar comigo.

-Tu queres dar comigo em maluco não queres? Sabes à quanto tempo eu te disse que estava a porta do colégio? Foi à mais de meia hora.

-Que exagero! Não foi assim a tanto tempo. Eu não consegui vir antes, um imbecil veio contra mim e começou a chatear-me...

-Mas está tudo bem?- disse o meu pai já com um ar preocupado.

-Sim, também não foi nada de mal, deixa-te de mariquices.

-Não são mariquices, é preocupação, mas tu é que sabes. O diretor disse que assim que eu me fosse embora tu devias dirigir-te à secretaria para eles te informarem sobre o número do teu quarto e para te darem a chave do teu cacifo.

De um momento para o outro tudo mudou...Onde histórias criam vida. Descubra agora