A Mulher De Ryomem

CAPÍTULO 23

Yunet me segura, abaixo minha cabeça com tudo girando, era uma dor insuportável

...

Era como se o que Núbia falasse encaixasse perfeitamente no que estava acontecendo

Uma Deusa mandada a terra para castigar os homens, uma Deusa que ao invés de cumprir seu deve acaba apenas procurando sangue, mas... o que eu tenho a ver com ela?

Makio: -- Sinto a presença dele

Ela olha para sua irmã, Akemi

Akemi: -- Eu também

De quem elas falam?

Núbia olha para ambas e faz que sim com a cabeça

Núbia: -- Preciso que você confie em mim

Ela olha dentro de meus olhos e levanta a mão até minha testa, deslizando a ponta de seu dedo e falando algo baixo

Núbia: -- Yanam ( durma )

Meus olhos ficam pesados, meu corpo não responde meus comandos, o que está acontecendo? Não aguento mais essa dúvida...

Horas antes
Catelo do Sukuna

Bato na porta do mestre e logo em seguida escutamos sua voz abafada vindo de trás dela

... : -- Mestre

Sukuna: -- Sim?

Entro na sua sala, ele estava de costas mexendo em um livro grande

... : -- Fomos enganados

Ele fecha o livro com força, abaixo minha cabeça

... : -- Akemi e Makio não faziam parte do Firqat alqatil ( esquadrão Assassino )

Sukuna: -- Ultimamente tenho sido feito de Idiota por vocês

... : -- Não mestre! Eu não sei como elas entram aqu-

Sinto uma ardência e o som de algo estalando, era meu pescoço sendo arrancado... me perdoe Rima não consegui voltar para casa...

Sukuna : -- Incompetentes, eu mesmo trarei S/n para cá

[ ... ]

Abro meus olhos sentindo está deitada em algo macio, olho para cima e vejo panos vermelhos, me sento vendo que estava dentro de uma tenda

Várias almofadas espalhas, uma mesa de madeira com copos de água e frutas em cima, escuto crianças brincando

Levanto e vou até lá, tiro um pano da tenda da frente e a luz do sol invade onde eu estava me deixando ver aquilo tudo

Era um Oásis no meio do deserto, tinha várias outras tendas, camelos soltos, crianças e adultos sorrindo, me lembrava meu povo, piso fora e sinto areia tocando meu pés, areia quente, volto para dentro da tenda

... : -- S/n!

Essa voz, ergo a cabeça e vejo Nubia sorrindo, a quanto tempo não vejo a mesma assim

Núbia: -- Finalmente você acordou

S/n: -- Onde estamos?

Núbia: -- Em uma vila secreta

S/n: -- Vila secreta?

Núbia: -- Longe do palácio onde vivíamos se esconde uma civilização de nômades, pessoas mistas que vivem viajando pelo mundo procurando um lugar perfeito para construir suas casas

Como viemos para neste lugar?

Núbia: -- Bom, eles eram nômades até pouco antes de quando eu nasci

S/n: -- como assim?

Núbia: -- Lembra quando eu falei que não era filha do nosso pai nem de Apama, eu sou daqui S/n

Eu já sabia que ela também não era minha irmã de sangue mas, isso já esta ficando complexo demais

Núbia: -- Ramsés estava em uma viajem quando foi atacado por ladrões e teve que fugir, as pessoas daqui viram ele e o deixaram passar pela barreira que deixa este lugar invisível

Depois de tudo que eu passei isso não é nada

Núbia: -- Quando chegou aqui ele teve que passar alguns dias por conta dos ferimentos e acabou tendo relações com uma Feiticeira, e aí eu tô aqui né

S/n: -- Como você sabe disso?

Núbia: -- Ramsés veio me pegar após um ano que eu nasci pois recebeu uma carta contando que minha mãe tinha morrido, ele me contou essa história alguns anos depois mas Apama não me deixava se quer eu pensar em contar pra você ou pra Ísis, nem mesmo para Kira, ela não queria ser conhecida como a rainha que levou chifre

S/n: -- Por isso você sempre foi tão calada

Ela fez que sim com a cabeça, puxei seu braço e a agarrei em um abraço, descobrir que não é filha de quem você sempre teve como família não é fácil, não estive lá com ela como deveria

Núbia: -- Você também passou por isso só, não se sinta culpada!

CONTINUA...