Final (parte 1)

158 12 6
                                    

Aquela foi nossa última viagem juntos.
Tom sabia o quanto aquele momento ficaria marcado em minha memória para sempre. E quando falo sempre, até o último suspiro.
Lembro nitidamente o quanto fomos felizes naquele momento e em todo o resto daquela viagem. Eu sabia e ele também que nosso amor seria eternizado ali.

Hoje está completando 25 anos que ele me deixou!

Logo após a viagem, retornamos a Londres. Seu estado se saúde estava estável e Halley achou que algo estava errado. Tom havia apresentado uma estabilidade fora do normal. Dois meses depois descobri que estava grávida. Sim. Estávamos grávidos. Foi tanta emoção que ele ficou internado por alguns dias após uma queda brusca de sua pressão. Foi outro momento tenso. Mas logo ele se recuperou novamente e voltou para casa. Quando aconteceu eu já tinha providenciado uma casa maior e decidido em definitivo residir no país do meu marido e dos meus filhos. Minha mãe relutou um pouco, mas entendeu que ali era meu lugar agora. Nell veio morar conosco desde o dia que decidi ficar. A casa era dele também. Ele sabia disso. Todos sabiam.
Tom curtia cada minuto dos nossos filhos e da minha gestação. Vivamos cada instante. Era tudo intenso.
Os meses foram passando ele continuava ali comigo. Em um certo ponto cheguei a imaginar que não precisaríamos nos preocupar. Ele viveria de amor. Por amor.
Mas eu estava enganada.

"- Tom...

- Oi?

- Acho que minha bolsa estourou. - sussurrei para ele naquela manhã.

- Você acha?

- Eu tenho certeza. - sorri para ele tentando passar uma calma que sempre existiu dentro de mim.

- Certo. - ele levantou rapidamente mas sentou no mesmo momento.

- Ei baby. Eu estou bem. - sorri sincera. Você precisa se acalmar, ok? É normal. Está tudo dentro do previsto e eu ficarei bem se você também ficar. - o encarei nos olhos. Vínhamos conversando sobre o parto há um tempo considerável.

- Certo. Mas quero está com você.

- Você estará. - sorri sincera.

Halley havia programado tudo com minha obstreta e ele participaria daquele momento."

Aquele dia foi algo extraordinário. Tom esteve no meu parto e sussurrava palavras de apoio e dizia o quanto me amaria eternamente.

Nossa pequena Victoria Marry Coleman Holland nasceu e Tom chorou copiosamente sobre nossa vencedora. Ela era o símbolo do nosso amor, que ele era capaz de coisas inimagináveis.

Tom e Vic eram unha e carne. Se você procurasse por ele certamente o encontraria com elaestava com ela. Ao contrário de Lili, ela não chorava a todo momento. Apenas resmungava e o pai já entendia o que ela precisava.
Lili e Thomas eram meu grudinhos. Vivam aos meus pés. Principalmente após começarem a andar. Nikki estava presente na vida dos meus filhos e isso os fez tê-la como a referência matriarcal suprema. Meus gêmeos sempre preferiam a avó a qualquer outra pessoa. Era algo que eu me orgulhava. Entretanto não agradava a minha mãe.
Minha sogra, como uma boa britânica tentava entender e evitava ir na nossa casa quando minha mãe está na cidade.
Certa dia Tom e eu saímos para a noite do casal e as duas ficaram encarregadas de cuidar dos três, já que Darnell viajará devido a assuntos familiares.
Ao chegarmos naquela madrugada, as duas estavam bêbadas e demasiadamente alegres. Depois desse episódio tudo voltou ao normal e a vovó americana não sentia-se intimidada com a britânica.

Então...exatamente na semana em que Victoria completaria 1 ano aconteceu o que estávamos esperando sem desejar.

"- Bom dia. - Tom falou assim que abriu os olhos naquela manhã.

Inexplicável vida (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora