𝑪𝒍𝒂𝒓𝒆𝒏𝒂 ♡ one-shot

capítulo único.

Olha eu mais uma vez me rendendo a Clarena. Eu espero que vocês gostem. Aproveitem a leitura.♡

A festa do casamento ainda estava acontecendo quando elas saíram de mãos dadas e sem ninguém perceber. Levemente alteradas após as taças de champanhe e os drinks frutados, elas optaram por pedir um uber. Dentro do carro a tensão sexual era palpável, o ar parecia denso e o tempo corria quase em câmera lenta. O vidro do carro estava abaixado e uma brisa gélida esfriava os corpos em brasa delas. 

Clara tinha a mão pressionada perigosamente na coxa de Helena, causando na mais nova uma série de arrepios de pura expectativa pelo o que viria quando saíssem daquele veículo. 

Quando passaram pela portaria aos risos, o porteiro logo reconheceu Helena e tratou logo de cumprimentá-las alegremente. Fazia um bom tempo que o mais velho não via Clara tão contente e era bom vê-la novamente na companhia da personal após aqueles últimos acontecimentos envolvendo o ex-marido, que para a felicidade dele e das muitas outras pessoas, tinha sido preso naquele mesmo dia. 

Elas entraram no elevador e sem pestanejar, Clara envolveu o rosto de Helena com as mãos e cobriu os lábios da mais nova com os seus. Encostou o corpo dela na parede fria do elevador e a ouviu suspirar e um sorriso logo se formou em ambos os rostos. 

— Que saudades eu estava de você. - Helena murmurou, as bocas a centímetros de distância. 

— Eu também. Muita. - Clara respondeu e a porta do elevador se abriu. 

Elas saíram de mãos dadas e, afoitamente, a porta do apartamento foi aberta e elas entraram aos beijos, fechando a porta com um baque. Clara novamente encostou Helena contra a parede, beijando-a como se fosse a última vez. Helena sentia-se entorpecida, rendida e completamente entregue àquela mulher. 

— Você falou sério hoje mais cedo? - Helena indagou baixinho, afastando-se apenas o suficiente para olhar nos olhos de Clara. Eles brilhavam. 

— Seja mais específica. - ela segurou as mãos dela e beijou o dorso de ambas enquanto a olhava. 

— Sobre querer minha companhia. É sério dessa vez? Eu não suportaria... - seus olhos lacrimejam. 

— Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida. Eu quero você. E me dói muito ter que reafirmar isso para você, porque eu sei que a culpada por causar essa insegurança em você, sou eu. - ela acaricia a maçã do rosto dela. - Aconteceram muitas coisas depois daquela conversa no escritório. Eu tive tempo para refletir, me conhecer um pouco mais... e eu conheci uma outra mulher. 

— Conheceu? - a voz vacilou. 

— Sim. Não passou de um beijo. - ela diz rapidamente. - Mas foi importante para eu entender que, sim, eu sinto atração por outras mulheres, mas elas não são você. - ela sorri nervosamente. - Eu ainda estou em processo de reconstrução, entendendo a Clara que ficou presa por 20 anos. 

— Eu fico tão feliz por você. 

— Eu também. - ela respira profundamente. - Hoje, eu não sabia que você estaria no casamento, foi uma surpresa e também um sinal. 

— Por que? - a voz soa levemente embargada.

— Porque eu tinha planos de procurar você. Conversar. Dizer que seria loucura querer você apenas como amiga. E aí eu vi você lá, com a Paula. Nossa, por um momento pensei que estivessem juntas novamente e aquilo quase me fez não ir até você, porque não seria justo. 

— Eu não parei de pensar em você por sequer um segundo. 

— Obrigada por esperar por mim. 

— Eu disse que esperaria, lembra? - ela pisca para ela enquanto indaga.