Era uma noite fria de inverno quando Lucas decidiu fazer uma viagem solitária para uma cabana isolada nas montanhas. Em busca de paz e tranquilidade, ele esperava encontrar refúgio naquele lugar distante da civilização. Ninguém imaginava o terror que o aguardava.
Assim que chegou à cabana, Lucas sentiu uma atmosfera sombria e opressiva ao seu redor. Ignorando a sensação crescente de apreensão, ele acendeu o fogo e tentou se aquecer. Mas, mesmo com o calor da lareira, o frio penetrante parecia persistir no ambiente.
À meia-noite, quando o vento uivava pela floresta, Lucas começou a ouvir um choro distante. Parecia uma voz infantil, desesperada e ecoando pelas árvores. Ele saiu da cabana e, com uma lanterna em mãos, começou a seguir aquele som triste.
A cada passo mais profundo na floresta, a sensação de que algo o observava aumentava. Os galhos das árvores se contorciam como tentáculos sombrios, tocando sua pele e enviando arrepios pela sua espinha. O choro do infante parecia guiar Lucas para uma armadilha maligna.
Finalmente, ele chegou a um pequeno cemitério abandonado. As lápides quebradas e cobertas de musgo pareciam suspirar histórias trágicas. A luz de sua lanterna revelou um túmulo recentemente cavado. As palavras gravadas nele fizeram seu coração parar por um momento: "Aqui jaz a inocência perdida".
Erguendo a lanterna, Lucas notou uma sombra escura parada ao lado da cova aberta. Uma criança vestida de branco, com olhos vazios e expressão de dor. O choro agora vinha dela, ecoando pela noite. O terror tomou conta dele.
Sem conseguir resistir à curiosidade, Lucas se aproximou lentamente e estendeu a mão para tocar a criança. Mas a figura se dissipou como fumaça, e um vento gelado cortou seu rosto. O choro cessou, dando lugar a um silêncio angustiante.
Lentamente, as lápides quebradas começaram a afundar no chão, liberando um aroma sujo e podre. As vozes dos mortos sussurravam em seus ouvidos, pedindo por respostas e vingança. Lucas caiu de joelhos, consumido pelo medo e remorso.
Correndo de volta para a cabana, Lucas mal conseguiu fechar a porta antes de uma tempestade de mãos esqueléticas e gemidos profundos tentarem invadir o local. Ele se encolheu em um canto, esperando que aquele pesadelo chegasse ao fim.
A noite parecia durar uma eternidade, mas, quando finalmente o sol raiou, levando embora as visões aterrorizantes, Lucas saiu da cabana, com as pernas trêmulas e o coração dilacerado pelo horror. A cabana, agora desolada e abandonada, parecia ter se tornado um portal para o sobrenatural.
Desde então, Lucas nunca mais foi o mesmo. O medo o seguiu como uma sombra, assombrando-o em todos os passos. A cabana isolada permaneceu como um testemunho silencioso do encontro perturbador, deixando uma lição inesquecível: algumas portas nunca devem ser abertas, pois o terror pode espreitar além delas, pronto para devorar a alma corajosa e curiosa.
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Coletânea Horror E Terror
Hororum jovem decide ir para uma cabana relaxar, mais é ingênuo e segue um som estranho que o leva a pior experiência de sua vida