Escrever é libertador. Queria ter descoberto isso antes, expressar sentimentos em um pedaço de papel pode parecer idiotice, mas não é mais idiota do que reprimir tudo e morrer por dentro, por medo de parecer boba ou ser julgada pela sociedade.
Nunca soube dizer o que sentia, isso ocasionou minha morte, meu suicídio. Queria parar de sentir a dor que me dominava a cada dia que passava, então o fiz, esperava que ali fosse o fim, mas pelo contrário, foi só o começo, o começo de minha nova vida.
Atualmente sou uma garotinha de 10 anos, moro na Inglaterra, não sei como, mas depois de me matar acordei no aniversário de 5 anos dessa doce menininha, sentia a felicidade dela e tinha parte da inocência de uma criança, sentia o amor dos meus pais, mas ainda sentia as dores da vida passada, que aos poucos vem sumindo pela memória que se vão.
Quando acordei nesse corpo lembrava de tudo, e a cada dia que passava uma memória do que vivi antes dessa vida se apagava, e chegou a esse momento, me lembro somente da minha morte e das dores que me fizeram chegar aquele ponto, e sei que também irei perder essa parte da memória.
Essa é minha carta de despedida de Eve, parecida com a que escrevi no dia do meu suicídio, agora serei somente a doce e pequena Millena, espero que não sofra tanto quanto minha outra eu, espero que aprenda a me expressar de alguma forma antes que o final dessa história seja o mesmo que a da anterior.
Adeus Eve.
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Minha última carta
RandomEscrever é libertador. Queria ter descoberto isso antes. E se a vida me desse outra chance? Chance de viver sem sentir dor e cometer um suicídio por medo de piorar. Consegui minha chance, ser uma criança inocente novamente é tão reconfortante, mas t...