Vim trazer mais uma onezinha, já que não sei quando vou ter tempo pra atualizar Contos de Apartamento e não queria ficar sem postar.
Espero que gostem!
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"Vem, vamos embora!"
A voz doce ordenou ao homem que se mantinha de cabeça baixa, com os braços tapando os olhos.
"Não, eu não vou embora com você."
Era simplesmente a terceira negativa que ela escutava nas duas últimas horas e acontece que o maior problema disso tudo, na verdade, se dava ao fato de que quanto mais o tempo passava, mais Alessandro ficaca grogue e suas suplicas aumentavam.
Muito em breve quem solicitaria que ele fosse embora seriam os funcionários e eles não seriam tão gentis quanto ela era.
"Vem, você tá bêbado. Vamos pra casa."
"Olha moça, eu já te disse que não, eu não vou com você."
A mulher nada disse, apenas olhou em volta e concluiu que só não foram expulsos ainda pois tinham pessoas piores que ele por ali.
Pudera!
O bar havia sido alugado para uma comemoração de cinquenta anos de Lindbergh, um dos melhores amigos de Alessandro. A festa era um open e por si só, perigosa o suficiente para todos ali, que eram fanfarroes natos, somente sendo divididos entre bebedores peso mosca, peso médio e peso pesado. Somado a isso, os bartenders contratados pareciam não saber dosar doses, sendo elas mais fortes que o comum e, quando queriam, podiam ser insistentes em oferecer as bebidas.
Simone mesmo pediu uma bebida enquanto dava a Alê um pouco mais de tempo para se divertir e, dando o primeiro gole, ao prová-la, deduziu que provavelmente continha cerca de duas vezes mais álcool do que deveria. Não tendo o costume de beber, se tivesse tomado tudo, poderia estar tão mal quanto o marido estava agora.
O coitado do Alessandro, assim como a esposa, era peso mosca ao beber. Durante a noite passou por várias das misturas doces, frutadas e coloridas antes que o álcool realmente atingisse seu sistema. Ele estava bêbado, e ficando mais bêbado a cada minuto, antes mesmo de saber o que estava acontecendo ou o quão condenado ele realmente estava.
Tebet fez um carinho em suas costas enquanto Molon manteve a cabeça apoiada contra a mão e a mão apoiada contra o bar, beijou-o no ouvido, sentido ele se retorcer.
"Vem pra casa comigo, eu te garanto que você não vai se arrepender."
Ela prometeria a ele qualquer coisa que ele quisesse. Quando ela o colocasse em um dos táxis alugados para a noite, ele teria esquecido o que ela havia prometido. A proposta, entretanto, não surtiu efeito algum no homem, que apenas afastou-se dela o máximo que podia, dada sua atual posição.
