1 capítulo - Tudo pelo bem maior

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P.O.V
(ponto de vista)

Queenie Goldstein

Fechei meus olhos mais uma vez nessa maldita manhã, esperando que tudo oque aconteceu na noite passada, seja apenas um grande e confuso delírio da minha própria cabeça. Infelizmente, é tudo verdade! E fechar os olhos não adiantava de nada, eu teria que levantar uma hora ou outra dessa cama.

Obriguei meu corpo infeliz e cansado a se sentar, e fiquei por mais alguns minutos observando o quarto bem decorado em tons escuros.

A saudade de casa e o arrependimento quase me fizeram suspirar. Estaria eu fazendo o errado? Escolher o lado de Grindelwald foi o certo? Temo que não, mas não escolhi só o lado dele, escolhi minha liberdade!

Uma batida na porta me assusta, me levanto rapidamente e faço um simples feitiço de arrumação na cama, respondendo logo depois.

Queenie - Pode entrar!

A porta foi aberta com delicadeza, a primeira coisa que consegui avistar, foram as unhas pretas que seguram a maçaneta.

- Bonjour, Madame!

A dona da voz francesa pelo menos é de um rosto familiar, isso me acalma e me trás lembranças frescas. Lembro-me de estar na França, ouvindo muitas vozes em simultâneo. Me senti como um furacão solitário, sozinho em sua própria tempestade.

Ainda sinto as gotas de chuva caindo sobre minha cabeça, tentando inutilmente me acalmar. E então, no meio daquela confusão toda, ela apareceu e tirou toda minha confusão.

A porta abriu completamente, e a mulher entrou no cômodo com um olhar avaliativo. É quase torturante para mim, não conseguir ouvir os pensamentos dessa mulher. Não me lembro de alguém, que não fosse Grindelwald, que tenha escapado dos meus poderes de legilimência (ler/interpretar a mente das outras pessoas).

Só sei apenas pequenas informações sobre a bruxa: ela é seguidora do bruxo das trevas, é francesa e se chama Vinda.

Vinda - Monsieur Grindelwald, me enviou para levá-la para a sala dele!

Ela cruza as mãos na frente do corpo enquanto fala, a postura e a calma dela me fascinam! Eu nunca conseguiria ser tão cordial e... Francesa, como ela.

Abaixo a cabeça e concordo, esperando a outra sair do quarto e me guiar pelo castelo. Quando cheguei aqui ao ser teletransportada por um feitiço de desaparatação, a única coisa que consegui fazer foi chorar e apagar em minha própria cama. Não conheço nada desse lugar.

Vinda - A senhorita deveria colocar uma roupa mais confortável, trouxe-lhe isso.

Ela balançou a varinha no ar, e algumas roupas aparecem em cima da minha cama. Completamente confusa, olhei para baixo e entendi sobre oque ela falava. Minhas roupas são uma bagunça queimada e suja. Preciso de um banho!

Queenie - Você tem razão! Eu vou me arrumar e te encontrar no corredor, pode ser? - Sorri para ela e a mulher balançou a cabeça, como se não se importasse.

Mesmo assim, eu sentia como se ela estivesse apressada ou atrasada para algo. Vinda saiu do meu quarto com a mesma classe que entrou, parecia perfeita em cada passo.

Queenie - Franceses são difíceis! - suspirei, indo ao encontro do banheiro, a única outra porta em meu quarto.

Pelo tamanho e pela vista da minha janela, era óbvio que esse lugar é gigantesco, e com toda certeza, não estamos na França ou nos Estados Unidos.

Rosa Dourada ( Animais fantásticos ) Onde histórias criam vida. Descubra agora