{Eight}

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🐰

Depois de tanta enrolação, arrumando de um lado para o outro nós finalmente deitamos na cama e nos cobrimos com a coberta. Jimin se esticou para apagar a luz e assim ficamos por um tempo.

Totalmente parados e olhando para o teto.

Pelo menos eu estou assim...será que ele já dormiu?

Será que ele tá bem em relação a isso?

Será que eu deveria falar alguma coisa?

Mas e se eu incomodar ele?

É estranho estar deitado ao lado de Jimin dessa forma pela primeira vez...mas ao mesmo tempo é bom.

Uma onda estranha de sensações passa pelo meu corpo quando eu sinto Ji virando para o meu lado.

— Está acordado?— Ele pergunta com a voz um pouco mais rouquinha.

— Estou...— sussurro virando de frente para o mesmo. — Você...está tudo bem mesmo eu dormir aqui né?

Ji franze o cenho e sinto um tapinha no meu braço.

Faço careta como se tivesse doído muito, fazendo o maior drama e recebendo outro tapa agora na minha testa.

— Tá me estranhando rapaz?— Ele diz com um bico enorme que mesmo no escuro consigo enxergar com clareza. — É óbvio que tá tudo bem você dormir aqui, eu já falei pra você, eu prefiro que durma comigo. Eu não tenho nenhum problema com isso, está me entendendo bem?— Ele tenta sussurrar mas as vezes aumenta um pouquinho o tom da sua voz.

Eu afirmo com a cabeça para que o mesmo soubesse que havia prestado atenção.

— Estou sem sono, quer assistir alguma coisa?— Ele pergunta se aproximando um pouco mais e me deixando cada vez mais nervoso.

— Pode ser hyung...o que quer assistir?— aperto as minhas mãos por debaixo da coberta enquanto sinto o mesmo apoiar a sua cabeça no mesmo travesseiro em que eu estava deitado.

Tá' ficando quente aqui né...

Ele da um leve sorriso e sussurra.

— O que você quiser— Ele dá uma leve risada me encarando de forma cada vez mais profunda.

— Vamos assistir Peter Pan?— Eu solto em um tom animado.

Ele parece sorrir sapeca e eu o olho com confusão.

— O que foi hyung?

Ele aperta os seus lábios, uma mania que ele tem quando não sabe se deve ou não falar algo.

— Jimin-ssi!

Ele respira fundo tentando impedir a vontade de rir que estava sentindo.

— Você é mesmo uma criança.— abre um sorriso enorme com direito aos seus olhos se transformando em lindos risquinhos.— Uma criança de 21 anos.

Eu então reviro os meus olhos.

— Eu não posso fazer nada se você é um velho de 150 anos que não aceita a sua idade.— Eu me emburro todo, virando o meu rosto e empinando o nariz em puro drama.

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