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Vinnie Hacker POV
Harvard – Faculdade da Diana
11:40 PM
• Eu sei que eu sou possessivo pra caralho quando o assunto é a Diana. Mas às vezes, mano, ela força a barra. Ela sabe que eu não sou nenhum santo, que eu cresci no meio de máfia, arma e sangue, que eu tive que me virar desde moleque... e mesmo assim, insiste em me desafiar. Acha que sabe se proteger sozinha, acha que pode andar com qualquer um, principalmente com aquele otário do Liam. E ainda quer que eu engula isso calado? Não tem como.

Eu tava encostado na lateral da minha Ferrari preta, segurando um buquê com as flores favoritas da Diana — girassóis e rosas vermelhas. Meu jeito de pedir desculpas. Porque apesar dos meus surtos, eu sempre volto atrás com ela. Sempre me arrependo quando passo do ponto. Mas justo hoje, justo quando eu decido engolir meu orgulho e vir aqui, buscar ela na porra da faculdade dela... o que eu vejo?

Ela. Saindo do prédio de estudos. Rindo. Com aquele desgraçado do Liam.

Ele tava abraçado nela. Não era só amizade, não. O braço dele tava apertando a cintura dela, e ela nem se afastou. Mas o que me fez perder a cabeça de vez, foi o beijo. Não um beijo de casal, mas um beijo na bochecha — propositalmente perto demais da boca. Um beijo que escorrega, um beijo meia lua. E quando vi que ela hesitou pra se afastar, pronto. A porra toda explodiu.

Soltei as flores no capô do carro, nem pensei duas vezes. Saí em disparada na direção dos dois, empurrando quem tivesse no caminho. Nem ouvi a gritaria em volta, só escutei o sangue correndo no ouvido. Alcancei o Liam, puxei ele pela gola da camiseta e sem dar tempo dele entender, meti o primeiro soco. Seco. Reto. Na boca. A cabeça dele girou pro lado, cuspindo sangue no primeiro impacto.

— PORRA, VIADO! — ele gritou, mas mal conseguiu reagir.

Acertei outro soco, dessa vez no nariz. Ele cambaleou, tentou segurar meu braço, mas eu o derrubei no chão e montei por cima. Comecei a socar sem dó. Um. Dois. Três. Quatro. Cada soco afundando mais o rosto dele. Sangue espirrava. Ele tentava se proteger com os braços, mas eu tirava à força.

— MEXE COM MULHER CASADA AGORA, SEU MERDA! — gritei.

— EITA PORRA — ouvi alguém ao fundo, era a tal da Julie, amiga da Diana.

— Até que enfim o Vinnie reagiu — Jaden. Óbvio. O desgraçado já tava gravando. — Vou até fazer um highlights depois — ele disse rindo.

Diana veio correndo, desesperada.

— JADEN, AJUDA A SEPARAR, PORRA! — ela gritou.

— Você manda no Vinnie, não em mim, cunhadinha — respondeu, debochado, e ainda mandou um beijinho no ar.

Os socos não paravam. Um som úmido e oco com cada impacto. Liam começou a cuspir sangue, o aparelho cortando a parte interna da boca dele. Vi um pedaço de dente sair voando. Peguei impulso e meti mais dois socos — um no maxilar, outro na bochecha esquerda, abrindo a pele dele.

— Vinnie! — Diana gritou meu nome. O tom dela me parou por um segundo.

Foi aí que o Liam, mesmo todo fodido, me acertou de volta. Um soco no meu rosto. Doeu. Depois outro. E mais um. Três seguidos. A raiva aumentou. Minhas costas tremeram de fúria. Jaden gritou:

— CARALHO, VINNIE! USA O SOCO INGLÊS, PORRA! VAI FICAR APANHANDO PRA MACONHEIRO?

Então tirei o soco inglês do bolso de trás e encaixei na mão. Abaixei de novo e, com tudo, meti um direto no olho dele. Ele gritou. O rosto já tava irreconhecível. Continuei, mais dois socos e a boca dele abriu toda, rachando o lábio inferior. Ele começou a chorar, dizendo algo que eu nem entendi. Dei cinco chutes nas costas dele, com força, deixando ele gemendo no chão.

— Vinnie... — ouvi Diana com a voz embargada. Ela tava parada ali, mão na boca, olhos vermelhos. Tinha chorado vendo tudo.

Levantei e limpei a mão na camisa, ofegante, ainda tremendo. A mão doía pra caralho, mas eu mal sentia. Só queria olhar pra ela.

— Você é um babaca. — Ela disse firme, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— E você me ama, Pretinha. Todo mundo comete erro, né? — falei sarcástico, encarando ela com a boca sangrando.

Jaden veio rindo:

— Porra, só isso? Oito minutos de porrada? Vinnie, caralho, bora fazer esses rounds durar mais. Ia colocar aposta no grupo da máfia...

— Vai se foder, Jaden. E avisa esse cunhado de merda que se ele encostar nela de novo, não vai ser soco. Vai ser uma bala. No meio da testa. E ninguém vai saber quem mandou.

Caminhei até minha Ferrari. Diana já tava encostada no passageiro, esperando.

— Entra no carro, Vinnie. Agora. — Ela falou firme, com ódio no olhar. — Eu nunca mais vou conseguir olhar na cara de ninguém nessa faculdade depois do que você fez. Que merda.

— Relaxa. Aquele merda vai faltar umas semanas. Vai tá com o rosto todo costurado — respondi com ironia, abrindo a porta.

— PARA COM ESSA IRONIA, VINNIE! — ela gritou.

— Vai se ferrar, Diana. Não me enche o saco hoje, não — retruquei, me jogando no banco do motorista.

— VAI SE FUDER, VINNIE! VOCÊ É MALUCO! — ela gritou de volta, batendo a porta com força.

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