- Capítulo 32

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-- Então foi apenas um susto? -- Freen perguntou pela quarta vez ao médico, fazendo Rosália - ou Clara - revirar os olhos.

                     

-- Mas se ele já disse que sim por que insiste nessa pergunta, criança? -- Perguntou. Freen a olhou rapidamente.

                     

-- Quero me certificar de que esteja bem. Só me deixe fazer meu trabalho. -- A moça disse séria e a mulher mais velha assentiu resignada.

                     

-- Ela está perfeitamente bem, sua pressão apenas caiu e a dor no peito deve ter sido emocional. Provavelmente fazia algo importante demais para ela, o que resultou a dor psicológica, já que nos exames não apontou nada. -- Becky, quem estava mais atrás encostada no batente da porta, automaticamente pensou na caixa. Clara deveria estar vendo fotos de Freen minutos antes e por Freen ter mencionado sua mãe para a mulher no dia anterior isso provavelmente aumentou a pressão psicológica em sua mente.

                     

-- Certo. Então posso voltar a trabalhar hoje? -- A mulher mais velha, que estava recostada na cama, perguntou apressadamente.

                     

-- Sugiro que repouse o dia de hoje para amanhã estar nova em folha. -- O médico disse.

                     

-- Eu não lhe permitiria trabalhar hoje de qualquer forma. -- Freen disse.

                     

-- Enfim. Já que não precisam mais de mim vou me retirar. Tenham um bom dia, senhoras. -- O médico disse saindo do quarto da mulher. Clara suspirou e olhou para Becky, quem lhe sorria mansa.

                     

-- Freen... -- A voz da mais velha saiu incerta e Freen percebeu a insegurança em sua voz, a olhando confusa.

                     

-- Está tudo bem? Precisa de algo?

                     

-- Estou bem, hijita. Apenas... -- Tomou ar e se ajeitou na cama. -- Precisamos conversar.

                     

-- Sou toda ouvidos. -- Disse se sentando na beira da cama. A mulher lhe encarou fixamente. Com olhos nostálgicos um sorriso lhe brotou no rosto.

                     

-- No dia em que você nasceu chovia tanto. -- Freen a olhou surpresa. Rosália nunca lhe contava nada de sua infância. -- Eu me perguntava como seria seu rostinho. -- Falou sorrindo. -- Passei os nove meses imaginando como seriam seus traços... Como seria o som do seu choro... Como seria a maciez de sua pele... Se você gostaria da cor das paredes do seu quarto.

                     

-- Eu fico feliz de saber que você acompanhou a gravidez da minha mãe. -- Freen disse inocente.

                     

-- Eu acho melhor eu... -- Becky começou, mas foi interrompida pela mulher mais velha.

                     

-- Prefiro que fique, querida. -- Seu olhar de súplica fez Becky entender que ela queria Becky ali para confortar Freen. Becky apenas assentiu e permaneceu no lugar.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ •Além do arco-íris• (เหนือสายรุ้ง) Vision Onde histórias criam vida. Descubra agora